Muitas vezes há dificuldades para a cura: no
trecho do Evangelho de hoje, chegam com o paralítico, com o leito, e havia uma
multidão dentro e fora da casa, não conseguiam aproximar-se. Sem dúvida, se
tivesse sido uma pessoa poderia abrir caminho e ir, mas havia quatro pessoas
com o leito: era impossível. Mas eles queriam que o seu amigo fosse curado.
E também aquele paralítico queria ser curado e
foram atrás da casa, subiram no telhado, abriram uma fenda e fizeram descer o
leito com o paralítico diante de Jesus: que bonito presente! E Jesus, enquanto pregava,
vê descer aquele homem, mas eles queriam que o seu amigo fosse curado, queriam
isto: havia uma dificuldade e souberam ir além das dificuldades, procurar o
modo de se aproximar de Jesus com a fé que pode curar. E tiveram a coragem de
procurar o modo.
Eis que é preciso ter coragem para lutar e
chegar ao Senhor, coragem para ter fé no início: “Se quiseres, podes
curar-me, se quiseres, eu creio”. E também coragem para me aproximar do
Senhor, quando existem dificuldades. É preciso ter aquela coragem: muitas vezes
é preciso ter paciência e saber esperar os tempos, sem desistir, indo sempre em
frente. Não teria sentido aproximar-me ao Senhor com fé e dizer: Se quiseres,
podes dar-me esta graça, e então, visto que depois de três dias a graça não
chega, pedir outra coisa e esquecer. É preciso ter coragem.
Nesta linha, há também muitos santos: pensemos
em Santa Mônica que rezou, chorou muito pela conversão do seu filho Agostinho e
conseguiu alcançá-la. Eis que é preciso ter coragem para desafiar o Senhor,
coragem para se pôr em jogo. Poder-se-ia dizer: e se eu não for curado, se a graça
não chegar? Talvez seja melhor não forçar muito. Não, replicou claramente o
Papa: Na oração insiste-se muito, e quando há dificuldades, elas devem ser
superadas, como eles fizeram.
A oração cristã nasce da fé em Jesus e com a fé
vai sempre além das dificuldades.
Papa Francisco – 12 de
janeiro de 2018
Hoje celebramos:
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