Anastácio, 39º Papa da Igreja Católica, nasceu
em Roma e foi Papa entre os anos de 399 e 401, sendo eleito para suceder a São Sirício
(384-399).
Combateu com energia a heresia donatista nas
províncias no Norte da África. Na base dessa heresia, estava o rigorismo
defendido pelo bispo Donato (donde o nome “donatismo”), bispo da Numídia, no
Norte da África. Dentre tantas ações, papa Anastácio é mais conhecido pela
controvérsia contra o origenismo, isto é, ele foi totalmente contrário à
posição defendida por alguns partidários de Orígenes – um grande escritor
eclesiástico – segundo a qual, as almas seriam eternas e os demônios poderiam
também se converter e alcançar a salvação, tornando o inferno algo obsoleto.
Praticamente o que se sabe sobre o Papa Santo
Anastácio vem do conteúdo das cartas de São Jerônimo. São Jerônimo chegou a
tecer grandes elogios à Anastácio. Num de seus discursos, Jerônimo afirma que
se o papa morreu cedo, foi por respeito da Providência, pois assim o papa foi
poupado de assistir ao trágico espetáculo da queda de Roma, por obra do bárbaro
Alarico.
A história guarda também a memória da amizade
que papa Anastácio nutria por São Paulino, bispo de Nola: entre os dois houve
uma intensa troca de cartas.
Eleito
em 27 de novembro de 399, conciliou os cismas entre Roma e a Igreja de
Antioquia. Combateu tenazmente os seguidores de costumes imorais, que estavam
convencidos de que também na matéria se escondia a divindade.
Deixou como
principal legado para a liturgia católica a obrigação dos sacerdotes permanecerem
de pé durante a leitura do Evangelho.
Morreu
em 19 de dezembro, em Roma e foi sucedido por Santo Inocêncio I (401-417).
Segundo o Martirológio Romano, pouco depois de
sua morte Roma foi tomada e saqueada pelos Godos, um povo germânico originário
das regiões meridionais da Escandinávia, que se distinguiam por usarem escudos
redondos e espadas curtas e obedecerem fielmente a seus reis.
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