A multidão segue Jesus por toda a parte para o
ouvir e para lhe levar os enfermos. E ao ver isto, Jesus comove-se. Jesus não é
insensível, não tem um coração arrefecido. Jesus é capaz de se comover.
Por conseguinte, também naquele dia o Mestre
dedicou-se à multidão. A sua compaixão não é um sentimento indefinido; ao
contrário, mostra toda a força da sua vontade de estar próximo de nós e de nos
salvar. Jesus ama-nos em grande medida e quer permanecer perto de nós.
Ao cair da noite, Jesus preocupa-se em dar de
comer a todas aquelas pessoas, cansadas e famintas, e cuida de quantos o
seguem. E quer que os seus discípulos se tornem partícipes disto. Com efeito,
diz-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. E demonstrou-lhes que os
poucos pães e peixes que tinham, com a força da fé e da oração, podiam ser compartilhados
com toda aquela multidão.
Jesus realiza um milagre, o milagre da fé e da
oração, suscitado pela compaixão e pelo amor. Assim, Jesus “partiu os
pães e deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo”. O Senhor
vai ao encontro das necessidades dos homens, mas deseja tornar cada um de nós
concretamente partícipe da sua compaixão.
Agora, meditemos sobre o gesto de bênção de
Jesus: Ele tomou os cinco pães e os dois peixes e, elevando os olhos ao
céu, abençoou-os. Em seguida, partiu os pães e deu-os... Como se vê, trata-se
dos mesmos sinais que Jesus fez durante a última Ceia; e são também os mesmos
gestos que cada sacerdote cumpre quando celebra a Sagrada Eucaristia.
A comunidade cristã nasce e renasce
continuamente desta comunhão eucarística. Enquanto nos alimenta de Cristo, a
Eucaristia que celebramos também nos transforma gradualmente em corpo de Cristo
e alimento espiritual para os irmãos. Jesus quer alcançar cada um, para levar a
todos o amor de Deus. Por isso, faz de cada crente um servidor da misericórdia.
Papa Francisco – 17 de
agosto de 2016
Hoje celebramos:
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