sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

06 de dezembro - Naquele tempo, partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” Mt 9,27


A oração é “um grito” que não tem medo de incomodar Deus, de fazer barulho, como quando batemos à porta com insistência. Os cegos, que seguiam o Senhor, gritavam para ser curados. Mas aqueles homens pedem ao Senhor uma graça e pedem-na gritando, como querendo dizer a Jesus: “Faz isto! Eu tenho direito que tu o faças!

Neste contexto, o grito é um sinal da oração. O próprio Jesus, quando nos ensinava a rezar, pedia-nos para o fazer como um amigo incomodativo que, à meia-noite, ia pedir pão para os hóspedes. Em síntese, rezar incomodando. Não sei, talvez isto soe mal, mas rezar significa um pouco incomodar a Deus para que ele nos ouça.

E assim Jesus ensina-nos a rezar. Nós habitualmente apresentamos ao Senhor o nosso pedido uma, duas ou três vezes, mas não com muita insistência: e depois cansamo-nos e esquecemo-nos de o pedir. Ao contrário, os cegos acerca dos quais fala Mateus no trecho do Evangelho gritavam e não se cansavam de gritar. Com efeito, Jesus diz-nos: pedi! Mas também nos diz: batei à porta! E quem bate à porta faz barulho, incomoda, importuna.

Eis, as duas atitudes da oração: a necessidade e a certeza. A oração é sempre necessária. A oração, quando nós pedimos algo, é necessidade: tenho esta necessidade, escuta-me Senhor!  Além disso, quando é verdadeira, é confiante: escuta-me, eu penso que tu o possas fazer, porque o prometeste!  De fato, a verdadeira oração cristã é fundada sobre a promessa de Deus. Ele o prometeu.

A nossa oração é necessidade e certeza. É necessidade porque dizemos a verdade a nós mesmos e é certeza porque acreditamos que o Senhor pode fazer o que nós pedimos.

Hoje celebramos:

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