O Beato João Marinoni, nasceu em Veneza no ano
de 1490; já era sacerdote e membro do Capítulo Patriarcal da Basílica de São
Marcos, quando abraçou a vida apostólica na recém instaurada Ordem dos Clérigos
Regulares, emitindo a profissão religiosa nas mãos de São Caetano Thiene, em 29
de maio de 1530.
No ano de 1533, junto a São Caetano, inaugurou
em Nápoles a primeira Casa da Ordem naquela cidade. E nela permanece quase por
toda a sua vida, dedicado à oração, a cura das almas, a sagrada pregação e a
formação dos religiosos de sua Ordem. Renunciou ao governo da Arquidiocese de
Nápoles, cargo esse oferecido pelo Papa Paulo IV.
Para ajudar os pobres e os necessitados, frequentemente
vítimas dos aproveitadores, ele sugeriu e estimulou a alguns de seus filhos
espirituais a criarem em Nápoles, o “Monte de Piedade”: uma instituição criada
pelos franciscanos, uma espécie de casa de empréstimos sob penhora, o mesmo que
montepio; é comparável àquilo que na arquidiocese do Rio de Janeiro se chama
Banco da Providência.
Buscou, dentro de seus próprios limites,
dispensar somente o bem. Fez caridade a todos os que ele pode atingir, até
mesmo aos animais dedicou seu amor. Sendo que não permitia que exterminassem
nem as formigas que invadissem a dispensa da comunidade, da qual era prelado e
mestre.
Sua sensibilidade era tamanha que se
multiplicavam pequenos gestos como, rezar pelos mendigos, quando não possuía
recursos para a esmola, enviar doces como sinal de carinho, dar comida aos
pássaros em suas próprias mãos, entre tantos outros gestos.
Ele é com certeza fisionomia da caridade
humana, sendo que nunca precisou distanciar-se de sua condição para fazer o
bem, mas se valeu dela para o êxito de seu ministério.
Morreu, santamente como tinha vivido, no dia 13
de dezembro de 1562 e foi sepultado no cemitério conventual da Basílica de São
Paulo Maior. Seus restos se conservam e são venerados juntos aos de São
Caetano.
Clemente XIII, em 1762, reconheceu e aprovou o
culto ao Beato que já lhe era tributado de “forma imemorável”.
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