A oração é “um
grito” que não tem medo de incomodar
Deus, de fazer barulho,
como quando batemos à porta
com insistência. Os cegos, que seguiam o Senhor, gritavam para ser curados. Mas
aqueles homens pedem ao Senhor
uma graça e pedem-na gritando, como querendo dizer a Jesus: “Faz isto! Eu tenho direito que tu o
faças!”
Neste contexto, o grito é um sinal da
oração. O próprio Jesus, quando nos ensinava a rezar, pedia-nos para o fazer
como um amigo incomodativo que, à meia-noite, ia pedir pão para os hóspedes. Em síntese, rezar incomodando. Não sei, talvez isto
soe mal, mas rezar significa um pouco incomodar a Deus para que ele nos ouça.
E assim Jesus ensina-nos a rezar. Nós
habitualmente apresentamos ao Senhor o nosso pedido uma, duas ou três vezes, mas não com muita insistência: e
depois cansamo-nos e esquecemo-nos de o pedir. Ao contrário, os
cegos acerca dos quais fala Mateus no trecho do Evangelho gritavam e não se cansavam de gritar.
Com efeito, Jesus diz-nos:
pedi! Mas também nos diz: batei à porta! E quem bate à porta faz barulho,
incomoda, importuna.
Eis, as duas atitudes da oração: a necessidade e a certeza. A
oração é sempre necessária. A
oração, quando nós pedimos algo, é necessidade: tenho esta necessidade,
escuta-me Senhor! Além disso, quando é verdadeira, é confiante: escuta-me, eu penso que
tu o possas fazer, porque o prometeste! De fato, a verdadeira oração cristã é fundada
sobre a promessa de Deus. Ele o prometeu.
A nossa oração é necessidade e certeza. É necessidade porque dizemos a verdade a
nós mesmos e é certeza
porque acreditamos que o Senhor pode fazer o que nós pedimos.
Hoje celebramos:
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