Como cristãos somos chamados à vivência do
amor, da generosidade, da humildade, da obediência a Deus, o dom de si.
Trata-se não só nem simplesmente de seguir o exemplo de Jesus, como uma ação
moral, mas de comprometer toda a existência no seu modo de pensar e agir. A
oração deve levar a uma consciência e a uma união no amor cada vez mais
profundas com o Senhor, para poder pensar, agir e amar como Ele, n’Ele e por
Ele. Realizar isto e aprender os sentimentos de Jesus é o caminho da vida
cristã.
Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não
vive o seu “ser como Deus” para triunfar ou impor a sua supremacia, não o
considera uma posse, um privilégio, um tesouro cioso. Aliás, despojou-se,
esvaziou-se a si mesmo assumindo a forma de servo, a realidade humana marcada
pelo sofrimento, pela pobreza, pela morte; assemelhou-se plenamente aos homens,
exceto no pecado, de modo a comportar-se como servo completamente dedicado ao
serviço dos outros.
São Paulo continua delineando o quadro histórico
no qual se realizou este abaixamento de Jesus: “Rebaixou-se a si mesmo,
tornando-se obediente até à morte”. O Filho de Deus tornou-se verdadeiramente
homem e percorreu um caminho na total obediência e fidelidade à vontade do Pai,
até ao sacrifício supremo da própria vida. Mais ainda, o Apóstolo especifica até
à morte, e morte de cruz. Na cruz Jesus Cristo alcançou o máximo grau de
humilhação, porque a crucifixão era a pena reservada aos escravos e não às
pessoas livres: “mors turpissima crucis, escreve Cícero.
Os Padres realçam que Ele se fez obediente,
restituindo à natureza humana, através da sua humanidade e obediência, o que se
tinha perdido por causa da desobediência de Adão.
Papa Bento XVI – 27 de
junho de 2012
Hoje celebramos:
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