quarta-feira, 20 de novembro de 2019

20 de novembro - Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda. Lc 19,26


O Evangelho fala de um homem que, antes de partir para uma viagem, convoca os seus empregados e confia-lhes o seu patrimônio em talentos, moedas antigas de enorme valor. Durante a sua ausência, os servos devem fazer frutificar esse patrimônio. O primeiro e o segundo fizeram render as quantias iniciais; o terceiro, ao contrário, tendo medo de perder tudo, guarda os talentos recebidos. Quando o senhor volta, os primeiros dois servos recebem a recompensa, enquanto o terceiro, que restitui apenas a moeda recebida, é repreendido e até punido.
O significado disto é claro. O homem da parábola representa Jesus; os servos somos nós; e os talentos são o patrimônio que o Senhor nos confia.
Qual é o patrimônio?
A sua Palavra, a Eucaristia, a fé no Pai celestial, o seu perdão... em síntese, muitas coisas, os seus bens mais preciosos. Este é o patrimônio que Ele nos confia. Que não devemos só conservar, mas também multiplicar!

O lenço usado pelo servo mau e preguiçoso indica o medo do risco que bloqueia a criatividade e a fecundidade do amor. Sim, o medo dos riscos do amor bloqueia-nos! Jesus não nos pede que conservemos a sua graça num cofre! Jesus não nos pede isto, mas deseja que a utilizemos em vantagem do próximo. Todos os bens que recebemos devem, ser transmitidos aos outros, porque só assim crescem. 
É como se Ele nos dissesse: Eis-te a minha misericórdia, a minha ternura, o meu perdão: toma-os e usa-os com magnanimidade. E nós, o que fazemos disto? Quem contagiamos com a nossa fé? Quantas pessoas encorajamos com a nossa esperança? Quanto amor compartilhamos com o nosso próximo? São perguntas que nos fará bem formular. Qualquer ambiente, até o mais distante e impraticável, pode tornar-se um lugar onde fazer frutificar os talentos. Não existem situações nem lugares fechados à presença e ao testemunho cristão. O testemunho que Jesus nos pede não é fechado, mas aberto, depende de nós.

Esta parábola anima-nos a não esconder a nossa fé nem a nossa pertença a Cristo, a não enterrar a Palavra do Evangelho, mas a fazê-la circular na nossa vida, nos relacionamentos, nas situações concretas, como uma força que põe em crise, que purifica e renova.
Papa Francisco – 16 de novembro de 2014

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