sexta-feira, 15 de novembro de 2019

15 de novembro - Beata Maria da Paixão (Helena Maria de Chappotin de Neuville)

Helena Maria de Chappotin de Neuville, que ao se consagrar recebeu o nome de Maria da Paixão, nasceu no dia 21 de maio de 1839 em Nantes (França), numa nobre família cristã. Desde a infância manifestou eminentes dons naturais e uma fé muito profunda.

Em 1856, durante os exercícios espirituais, faz a sua primeira experiência de Deus, que a chama para uma vida de consagração total. Assim, atraída pelo ideal da simplicidade e da pobreza de São Francisco, entra nas Clarissas. Em 1861, ainda postulante, faz uma nova experiência de Deus, que a convida a oferecer-se como vítima pela Igreja e pelo Papa.
Por motivos de saúde, deixa o mosteiro e, em 1864, entra na Sociedade de Maria Reparadora, recebendo o hábito religioso com o nome de Maria da Paixão. No ano seguinte, ainda noviça, é enviada para a Índia, com a tarefa principal da formação das religiosas de uma congregação autóctone.

Por força das suas virtudes, é nomeada Superiora local e, depois, provincial. Devido ao aumento das dissensões, acompanhada de outras 19 religiosas, Maria da Paixão deixa a Ordem e, em 1877, obtém do Papa Pio IX a autorização para fundar um Instituto, com o nome de Missionárias de Maria em seguida afiliada ao carisma franciscano que se desenvolve rapidamente.
Em 1900, o Instituto foi selado com o sangue da santidade, no martírio de sete Franciscanas Missionárias de Maria na China, beatificadas em 1946 e canonizadas no ano de 2000. Esgotada pelos cansaços de viagens incessantes e pelo trabalho quotidiano, depois de uma breve enfermidade, Maria da Paixão morre piedosamente, no dia 15 de novembro de 1904, deixando mais de duas mil religiosas e 86 casas presentes nos quatro continentes.

Em 1918 começou a causa de beatificação e, em 1999, foi promulgado o Decreto da heroicidade das suas virtudes. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 20 de outubro de 2002, que na sua homilia nos fala:

“Irmãos amados por Deus, fostes escolhidos por Ele" (ITs 1, 4). Maria da Paixão deixou-se arrebatar por Deus, capaz de saciar a sede de verdade que a impregnava. Fundando as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, ela apaixonava-se pela vontade de comunicar os jorros de amor que nela gorgolhavam e que queriam espalhar-se pelo mundo inteiro. No centro do compromisso missionário, colocava a oração e a Eucaristia, dado que para ela a adoração e a missão se fundiam numa única iniciativa. Alimentada pela Escritura e pelos Padres da Igreja, mística e ativa, apaixonada e intrépida, consagrou-se com uma disponibilidade intuitiva e audaciosa à missão universal da Igreja. Queridas Religiosas, na escola da vossa fundadora e em profunda comunhão com a Igreja, acolhei o convite a viver com renovada fidelidade as intuições do vosso carisma fundador, para que sejam numerosas as pessoas capazes de descobrir Jesus, Aquele que nos faz entrar no mistério de amor existente em Deus.

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