Helena Maria de
Chappotin de Neuville, que ao se consagrar recebeu o nome de Maria da
Paixão, nasceu no dia 21 de maio de 1839 em Nantes (França), numa nobre família
cristã. Desde a infância manifestou eminentes dons naturais e uma fé muito
profunda.
Em 1856,
durante os exercícios espirituais, faz a sua primeira experiência de Deus, que
a chama para uma vida de consagração total. Assim, atraída pelo ideal da
simplicidade e da pobreza de São Francisco, entra nas Clarissas. Em 1861, ainda
postulante, faz uma nova experiência de Deus, que a convida a oferecer-se como
vítima pela Igreja e pelo Papa.
Por motivos
de saúde, deixa o mosteiro e, em 1864, entra na Sociedade de Maria Reparadora,
recebendo o hábito religioso com o nome de Maria da Paixão. No ano seguinte,
ainda noviça, é enviada para a Índia, com a tarefa principal da formação das
religiosas de uma congregação autóctone.
Por força
das suas virtudes, é nomeada Superiora local e, depois, provincial. Devido ao
aumento das dissensões, acompanhada de outras 19 religiosas, Maria da Paixão
deixa a Ordem e, em 1877, obtém do Papa Pio IX a autorização para fundar um
Instituto, com o nome de Missionárias de Maria em seguida afiliada ao carisma
franciscano que se desenvolve rapidamente.
Em 1900, o
Instituto foi selado com o sangue da santidade, no martírio de sete
Franciscanas Missionárias de Maria na China, beatificadas em 1946 e canonizadas
no ano de 2000. Esgotada pelos cansaços de viagens incessantes e pelo trabalho
quotidiano, depois de uma breve enfermidade, Maria da Paixão morre piedosamente,
no dia 15 de novembro de 1904, deixando mais de duas mil religiosas e 86 casas
presentes nos quatro continentes.
Em 1918
começou a causa de beatificação e, em 1999, foi promulgado o Decreto da
heroicidade das suas virtudes. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 20
de outubro de 2002, que na sua homilia nos fala:
“Irmãos amados por Deus, fostes
escolhidos por Ele" (ITs 1, 4). Maria da Paixão deixou-se
arrebatar por Deus, capaz de saciar a sede de verdade que a impregnava.
Fundando as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, ela apaixonava-se
pela vontade de comunicar os jorros de amor que nela gorgolhavam e que
queriam espalhar-se pelo mundo inteiro. No centro do compromisso
missionário, colocava a oração e a Eucaristia, dado que para ela a adoração e a
missão se fundiam numa única iniciativa. Alimentada pela Escritura e pelos
Padres da Igreja, mística e ativa, apaixonada e intrépida, consagrou-se com uma
disponibilidade intuitiva e audaciosa à missão universal da Igreja. Queridas
Religiosas, na escola da vossa fundadora e em profunda comunhão com a Igreja,
acolhei o convite a viver com renovada fidelidade as intuições do vosso carisma
fundador, para que sejam numerosas as pessoas capazes de descobrir Jesus,
Aquele que nos faz entrar no mistério de amor existente em Deus.
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