segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Primeira Semana do Advento - Caridade


Primeira Semana do Advento - Caridade
"A fé e a caridade são o princípio e o fim da vida. Ambas unidas são o próprio Deus; delas derivam todas as outras virtudes que conduzem à perfeição. Quem professa a fé não peca e quem possui a caridade não odeia ninguém. Pelo fruto se conhece a árvore, do mesmo modo, os que professam ser de Cristo, reconhecem-se pelas suas obras. O que interessa agora, não é apenas fazer profissão de fé, mas perseverar na prática da fé até o fim." 
Santo Inácio de Antioquia  


domingo, 29 de novembro de 2015

Primeira Semana do Advento

Estamos começando o Advento. Durante quatro semanas nos prepararemos para a grande festa de Natal – Nascimento do Menino Jesus.

Toda grande festa necessita de uma preparação cuidadosa, pensar nos detalhes, convidar os amigos... Mas de modo especial, preparar o coração, para que Jesus encontre nele um lugar.
É assim faremos para esse Natal. A cada semana teremos uma palavra para nós nortear, um objetivo a alcançar.

Primeira Semana:

Palavra - Caridade

Texto Bíblico - ITs 3,12 "Quanto a vós, o Senhor vos faça crescer abundantemente no amor de uns para com os outros e para com todos, à semelhança de nosso amor para convosco. "

Desafio para a vivência semanal – colocar um cesto vazio na entrada da casa e incentivar todos os membros da família e amigos que por ali passarem na semana a abdicar de alguma coisa material: alimentos,roupas, sapatos... Depositando no cesto as suas doações, que depois encaminharemos a uma família que esteja precisando.
Vamos prestar mais atenção aos membros da nossa família e aos amigos buscando ajudá-los nas pequenas tarefas do dia a dia, estando mais presente com eles.


São Francisco Antônio Fasani

Sacerdote da Primeira Ordem (1681-1742). Canonizado por João Paulo II no dia 13 de abril de 1986, que na homilia afirma: “Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”.
Francisco Antônio Fasani, natural de Lucera, na região italiana da Apúlia, era filho duma família de modestos lavradores. Sendo ainda muito novo, entrou na ordem franciscana, no convento de Lucera dos frades menores conventuais, e não tardou distinguir-se pela inocência de vida, espírito de penitência e pobreza, ardor seráfico e zelo apostólico, a ponto de parecer um São Francisco redivivo.
Fez o noviciado no convento do Monte Santo Ângelo, no Gárgano, e aí emitiu os votos de consagração ao Senhor em 1699. Quatro anos depois, para completar a formação, foi enviado para o Sacro Convento de Assis, onde foi ordenado sacerdote em 1705.
Dali passou ao colégio de São Boaventura, onde recebeu o título de mestre de teologia – e por isso daí em diante os seus conterrâneos de Lucera começaram a chamar-lhe de o “Padre Mestre”. Voltando para Assis, dedicou-se à pregação pelas aldeias, até que pouco depois voltou definitivamente à sua terra natal.

A partir da cátedra, do púlpito ou do confessionário, o seu apostolado era sempre intenso e fecundo. Percorreu todas as terras da Apúlia e arredores, merecendo o epíteto de “apóstolo da sua terra”. Profundo em filosofia e não menos em teologia, começou por ser leitor e prefeito de estudos no Colégio de Filosofia de Lucera. Depois foi mestre de noviços e guardião do convento, e sempre modelo de observância regular para os confrades, sendo por isso nomeado em 1721, por especial Breve de Clemente XI, ministro da Província religiosa de Santo Ângelo, que nesse tempo era muito extensa. Escreveu diversas obras de pregação, entre elas um “Quaresmal” e um “Marial”. A sua principal preocupação ao falar ao povo era fazer-se entender por todos. Por isso a sua catequese, tipicamente franciscana, era especialmente dirigida ao povo simples, pelo qual ele sentia particular atração.
Outra característica sua foi uma inesgotável caridade para com os pobres. Entre as diversas iniciativas, promoveu o simpático costume de recolher e distribuir prendas úteis para os pobres por ocasião do Natal. Também foi notável o seu zelo sacerdotal na assistência a presos e condenados à morte, a quem acompanhava até o lugar do suplício, para os consolar nos derradeiros momentos.

Mandou restaurar a bela igreja de São Francisco em Lucera, centro da sua incansável atividade sacerdotal durante 35 anos. Às pessoas de quem era diretor espiritual recomendava a devoção a Santíssima Virgem, em especial no privilégio da Imaculada Conceição, sendo um modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas.
Aos 61 anos de idade morreu onde nascera, em Lucera, a 29 de novembro de 1742, o primeiro dia da grande novena da Imaculada. O seu corpo é venerado na igreja de São Francisco.





quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Beato Padre Tiago Alberione

Padre Tiago Alberione, Fundador da Família Paulina, foi um dos mais carismáticos apóstolos do século XX. Nascido em San Lorenzo di Fossano (Cuneo), no dia 4 de abril de 1884, recebeu o batismo já no dia seguinte. A família Alberione, constituída por Miguel e Teresa Allocco e por seis filhos, era do meio rural, profundamente cristã e trabalhadora. O pequeno Tiago, o quarto filho, desde cedo passa pela experiência do chamado de Deus: na primeira série do ensino primário, perguntado pela professora o que faria quando se tornasse adulto, ele responde: Vou tornar-me padre! Os anos da infância se encaminham nessa direção. 
A família, transferindo-se para a paróquia de São Martin, diocese de Alba, encontra o pároco, Padre Montersino, que ajuda o adolescente a tomar consciência e dar resposta ao chamado. Com 16 anos, Tiago é recebido no Seminário de Alba. Desde logo se encontra com aquele que para ele será pai, guia, amigo e conselheiro por 46 anos: o cônego Francisco Chiesa. 

Na noite de 31 de dezembro de 1900, noite que divide os dois séculos, põe-se a rezar por quatro horas diante do Santíssimo Sacramento e, na luz de Deus, projeta o seu futuro. Uma “luz especial” veio ao seu encontro, desprendendo-se da Hóstia e a partir daquele momento ele se sente “profundamente comprometido a fazer alguma coisa para o Senhor e para as pessoas do novo século”: “o compromisso de servir à Igreja”, valendo-se dos novos meios colocados à disposição pelo engenho humano. 
No dia 29 de junho de 1907 foi ordenado sacerdote. Como passo seguinte, uma breve, mas significativa experiência pastoral em Narzole (Cuneo), na qualidade de vice-pároco. Lá encontra o bem jovem José Giaccardo, que para ele será o que foi Timóteo para o Apóstolo Paulo. Ainda em Narzole, Padre Alberione amadurece sua reflexão sobre o que pode fazer a mulher engajada no apostolado. 

Conclui que o Senhor o convoca para uma nova missão: pregar o Evangelho a todos os povos, segundo o espírito do Apóstolo Paulo, usando os modernos meios da comunicação. Desse modo, no dia 20 de agosto de 1914, enquanto em Roma morria o sumo pontífice, Pio X, em Alba, o Padre Alberione dava início à “Família Paulina” com a fundação da Pia Sociedade São Paulo. O começo é marcado pela extrema pobreza, em conformidade com a pedagogia divina: “inicia-se sempre no presépio”. 
A família humana — na qual o Padre Alberione se inspira — é constituída por irmãos e irmãs. A primeira mulher a seguir o Padre Alberione é uma moça de vinte anos, de Castagnito (Cuneo): Teresa Merlo. Com o apoio dela, Alberione dá início à congregação das Filhas de São Paulo (1915). Pouco a pouco, a “Família” cresce, as vocações masculinas e femininas aumentam, o apostolado toma seu curso e assume sua forma. 

Em 1923 o Padre Alberione adoece gravemente e o diagnóstico médico não sugere um quadro de esperanças. Mas o Fundador, milagrosamente, retoma o caminho: “Foi São Paulo quem me curou”, dirá em seguida. A partir daquele período aparece nas capelas paulinas a inscrição que em sonho ou em revelação o Divino Mestre dirige ao Fundador: Não temam — Eu estou com vocês - Daqui quero iluminar — Arrependam-se dos pecados. 
No ano seguinte vem à luz a segunda congregação feminina: as Pias Discípulas do Divino Mestre, para o apostolado eucarístico, sacerdotal e litúrgico. Para orientá-las na nova vocação, Padre Alberione chama a jovem Irmã M. Escolástica Rivata, que morrerá nonagenária, em odor de santidade. 

No âmbito apostólico, o Padre Alberione promove a imprensa com edições populares dos Livros Sagrados e aponta para as formas mais rápidas de fazer chegar a mensagem de Cristo aos que estão distantes: os periódicos. Em 1912 já havia sido lançada a revista Vita pastorale endereçada aos párocos; em 1931 surge a Família Cristã, revista semanal com a finalidade de dar alimento para a vida cristã das famílias. Seguirão ainda: La Madre di Dio (1933), “para desvendar as belezas e as grandezas de Maria”; Pastor Bonus (1937), revista mensal em língua latina; Via, Verità e Vita (1952); revista mensal para o conhecimento e o ensino da doutrina cristã; La Vita in Cristo e nella Chiesa (1952), com o objetivo de fazer “conhecer os tesouros da liturgia, difundir tudo aquilo que for relativo à liturgia, viver a liturgia segundo a Igreja”. O Padre Alberione também pensa nos rapazes. Para eles publica Il Giornalino. 
Em outubro de 1938, Padre Alberione funda a terceira congregação feminina: as Irmãs de Jesus Bom Pastor ou “Pastorinhas”, que se dedicam ao apostolado pastoral destinado a auxiliar os Pastores. 

Durante a paralisação forçada pela Segunda Guerra Mundial (1940-1945), o Fundador não se detém na sua jornada espiritual. Vai dando acolhida cada vez mais efetiva à luz de Deus em um clima de adoração e contemplação. E é nesse clima espiritual que começam as meditações que ele a cada dia faz para os filhos e filhas, as diretrizes para o apostolado, a pregação de numerosos retiros espirituais. O desvelo do Fundador é sempre o mesmo: quer que todos entendam que “o primeiro cuidado da Família Paulina deve ser a santidade de vida, o segundo a pureza de doutrina”. Sob essa luz deve ser entendido o seu projeto de uma enciclopédia sobre Jesus Mestre (1959). 
Entre 1957 e 1960, foi fundada a quarta congregação feminina, o Instituto Rainha dos Apóstolos para as Vocações (Irmãs Apostolinas) e dos Institutos de vida secular consagrada: São Gabriel Arcanjo, Nossa Senhora da Anunciação, Jesus Sacerdote e Sagrada Família. Dez Instituições (inclusive os Cooperadores Paulinos) unidas entre si pelo mesmo ideal de santidade e de apostolado: o anúncio de Cristo Caminho, Verdade e Vida ao mundo, mediante os instrumentos da comunicação social. 

Nos anos de 1962-1965, o Padre Alberione é protagonista silencioso, mas atento do Concílio Vaticano II, cujas sessões ele participa diariamente. Nesse meio tempo não faltam tribulações nem sofrimentos: a morte prematura dos seus primeiros colaboradores, Timóteo Giaccardo e Tecla Merlo; a preocupação constante com as comunidades do exterior em dificuldade e, pessoalmente, uma crucificante escoliose, que o incomoda dia e noite. 
Padre Alberione viveu 87 anos. Executou a obra que Deus lhe confiou. No dia 26 de novembro de 1971 deixou a terra para assumir o seu lugar na Casa do Pai. As suas últimas horas tiveram o conforto da visita e da bênção do papa Paulo VI, que jamais ocultou a sua admiração e veneração pelo Padre Alberione. É sempre comovente o testemunho que deu na Audiência concedida à Família Paulina em 28 de junho de 1969 (o Fundador tinha 85 anos): 
«Aí está ele: humilde, silencioso, incansável, sempre vigilante, sempre entretido com os seus pensamentos, que se mobilizam entre a oração e a ação, sempre atento para perscrutar os “sinais dos tempos”, isto é, as mais geniais formas de alcançar as pessoas. O nosso Padre Alberione deu à Igreja novos instrumentos para manifestar-se, novos meios para dar vigor e amplitude ao seu apostolado, nova capacidade e nova consciência da validade e da possibilidade da sua missão no mundo moderno e com os meios modernos. Permita, caro padre Alberione, que o papa goze desse longo, fiel e incansável combate e dos frutos por ele produzidos para a glória de Deus e para o bem da Igreja». 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Santo André Dung-Lac e companheiros

A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Eram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900, pelo Papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870.
Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja católica vietnamita.
Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.
Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: “Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer”.

Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.
Passada esta fase tenebrosa, veio um período de calma que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.
A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam invariavelmente à morte.
Entretanto o Evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois, quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires.

O Papa João Paulo II, no dia 19 de junho de 1988, inscreveu esses 117 mártires no rol dos santos mártires. Entre eles, contam-se 11 missionários dominicanos espanhóis, 10 franceses e 96 mártires vietnamitas. Oito são bispos, 50 sacerdotes e 59 leigos, de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e, alguns, catequistas, seminaristas ou militares.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Beata Ângela de São José e suas 14 companheiras

Madre Ângela e suas companheiras, durante a Guerra Civil Espanhola, viviam em condições semiclandestinas na casa da congregação, passando o tempo em oração e com algumas pequenas formas de apostolado. Muitas vezes, os milicianos foram lá para persegui-las, mas Madre Ângela pedia continuamente a suas companheiras: "Todos os males e as mercadorias são medidos, pesados ​​e contados por aquele que pode usá-los para nosso próprio bem." "Ele não vai nos dar um peso que não podemos levantar, nem vai nos deixar em paz sem carregar o peso da tribulação". "Vamos nos ajudar mutuamente nos momentos de angústia que estamos passando, e se for a vontade de Deus, vamos nos juntar a Ele no abraço eterno do céu."
Na noite de 19 de novembro de 1936 um ônibus chegou para levá-las na sua jornada final. Elas deixaram a casa orando, encorajando e perdoando umas às outras. O destino final era a administração de Paterna, a cerca de seis quilômetros de Valência. Lá, por volta de uma da manhã do dia 20 de novembro, foram baleadas, quando falaram palavras de perdão. A última a cair foi Madre Maria do Sufrágio, gritando: "Viva Cristo Rei!", em nome de todas.

Eis a relação das vítimas: 
Francisca Honorata Lloret Martì nasceu em 16 de janeiro de 1875 em Villajoyosa (Valência), filha de Francisco e Carmem. Tendo conseguido o diploma de professora, começou a lecionar. Em 1903 entrou na Congregação da Doutrina Cristã, adotando o nome de Ângela de São José, e exerceu as funções de superiora local, secretária geral e superiora geral. Exercia esse último cargo quando sofreu o martírio com as coirmãs, na noite de 20 de novembro de 1936, na administração de Paterna.
Maria do Sufrágio: nasceu em 9 de fevereiro de 1888 em Altea (Alicante), filha de Gaspar e Rosária. Estudou privadamente, entrando na congregação em 1922. Foi superiora local, mestra de noviças e vigária geral;
Maria de Montserrat: nasceu em 2 de novembro de 1860 em Molina de Rey (Barcelona), filha de João e Maria. Entrou na congregação em 1882, pouco depois da fundação desta. Exerceu o cargo de superiora geral por 33 anos;
Teresa de São José: nasceu em 20 de maio de 1876 em Benifayo de Espioca (Valência), filha de José e Rosa. Entrou na congregação em 1889. Exerceu os cargos de mestra de noviças e superiora local;
Isabel Ferrer Sabriá: nasceu em 15 de novembro de 1852 em Villanueva y Geltrù (Barcelona), filha de José e Mariana. Foi cofundadora da congregação em 1880. Exerceu o cargo de superiora local;
Maria da Assunção: nasceu em 12 de julho de 1859 em Ulldecona (Tarragona), filha de Pedro e Isabel. Entrou na congregação em 1885. Exerceu o cargo de superiora local;
Maria Conceição: nasceu em 8 de novembro de 1861 em Carlet (Valência), filha de Vicente e Maria. Entrou na congregação em 1885;
Maria Graça Paula de Santo Antônio: nasceu em 1° de junho de 1869 em Valência, filha de Vicente e Leonarda. Entrou na congregação em 1900. Dedicou-se ao ensino;
Maria do Coração de Jesus: nasceu em 6 de fevereiro de 1881 em Valência, filha de João e Vicenza. Conseguiu o diploma de mestra entrando na congregação em 1906. Exerceu sempre a função de professora e foi diretora local do colégio;
Maria do Socorro: nasceu em 13 de março de 1885 em San Martin de Provenzals (Barcelona), filha de Jesus e Salvadora. Órfã de mãe desde a primeira infância, foi educada na casa de misericórdia. Entrou na congregação em 1907;
Maria Dolores: nasceu em 17 de fevereiro de 1899 em Barcelona, filha de Gerardo e Caridade. Órfã de mãe desde a primeira infância, entrou na congregação em 1918.Se dedicou ao ensino;
Inácia do Santíssimo Sacramento: nasceu em 1862 (se ignora o dia, porque os arquivos paroquiais foram perdidos). Entrou na congregação em 1889;
Maria do Rosário: nasceu em 25 de novembro de 1855 em Sueca (Valência), filha de Mariano e Leandra. Entrou na congregação em 1893, era irmã cozinheira;

Marcela de São Tomás: nasceu na província de Albarete, entrando na congregação em 1934. Era dedicada ao ensino;

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Beata Carolina Közka

Carolina nasceu na aldeia de Wal-Ruda, na Polônia, no dia 2 de agosto de 1898. Era uma dos onze filhos de Jan e Maria Borzecka Közka. De 1904 a 1912 Carolina frequentou a escola local, tendo feito apenas o curso elementar, pois seus pais eram muito pobres.

A piedade e a devoção ela recebeu em casa, onde o Rosário era rezado diariamente e a Missa dominical era a forma da família agradecer a Deus os dons que dEle recebia. Com frequência Carolina reunia vizinhos e parentes, especialmente as crianças, e liam as Sagradas Escrituras sob uma pereira próximo de sua casa. Ela gostava de rezar o Rosário usando o terço que sua mãe lhe dera. Devido às suas orações, ela geralmente dormia menos do que precisava. “Durante o dia ela sempre sussurrava as palavras ‘Ave Maria’, pois, como ela mesma dizia, estas palavras faziam-na ‘sentir uma grande alegria no coração’”.
Ela rezava o Rosário constantemente e mesmo no seu trajeto para ir a igreja participar da Missa; além da Missa dominical, ela a participava também durante a semana. O tio de Carolina, Franciszek Borzecki, era uma inspiração para sua fé. Ela o auxiliava na biblioteca e na organização de outras coisas na paróquia; também ensinava catecismo para seus irmãozinhos e para as crianças da vizinhança. Desde a adolescência ela era dirigida pelo Padre Ladislao Mendrala, que a acompanhava na sua ativa vida no núcleo paroquial da aldeia.

Com o início da 1ª. Guerra Mundial (1914-1918) a Polônia foi invadida pelo exército soviético. A situação em Tárnow era cada dia mais difícil devido aos abusos e a brutalidade dos soldados. Em novembro de 1914 eles controlaram Wal-Ruda. Seis meses antes, no mês de maio de 1914, Carolina recebera o sacramento da Crisma.

Na noite de 18 de novembro de 1914, um soldado bêbado irrompeu na casa da família Közka exigindo alimento. Como não ficou satisfeito, obrigou o pai e Carolina a acompanhá-lo para reportar a conduta da família às autoridades.

Nas proximidades da floresta, o soldado obrigou o pai, sob as ameaças de matá-lo e à sua família, a voltar para casa, ficando em poder de Carolina. Dois rapazes que voltavam para casa foram testemunhas do que aconteceu em seguida. O soldado tentou violentá-la, mas ela defendeu-se lutando com ele. Enfurecido, o homem feriu-a várias vezes com sua baioneta. Carolina correu em direção ao pântano, que a salvou de mais ataques, pois a caça ali era difícil para o soldado. Mas era tarde demais para Carolina: as feridas que ele fizera causaram muita perda de sangue. Ela morreu no pântano, mas com sua pureza intacta. Ela tinha somente 16 anos.

Dezesseis dias depois, no dia 4 de dezembro, o seu corpo foi encontrado. Ele estava mutilado apresentando feridas de baioneta na cabeça, pernas, costas e peito. Suas mãos ensanguentadas demonstravam a resistência que opôs.

Toda a aldeia compareceu ao seu enterro; Carolina foi sepultada no cemitério da paróquia. Ela passou a ser conhecida como “a Estrela de Tárnow”. Após o seu sepultamento, os habitantes da região vinham rezar no seu túmulo e no local de sua morte. Seu martírio causara muita comoção nos habitantes da região e, no dia 18 de junho de 1916, um monumento em sua memória foi construído próximo à igreja de Zabawa, e no local do delito foi erguida uma cruz.

Em fevereiro de 1965, o Bispo Jerzy Ablewicz submeteu à apreciação a causa de sua beatificação e canonização (também de seu martírio). Em 10 de junho de 1987, ela foi beatificada em Tárnow.

Ao beatificá-la, João Paulo II disse: “A morte de Carolina nos diz que o corpo humano tem um valor e uma dignidade imensa que não se pode baratear. Carolina Közka tinha consciência desta dignidade. Consciente desta vocação, ela entregou sua jovem vida, quando foi necessário entregá-la, para defender sua dignidade de mulher”.

Após sua beatificação, suas relíquias foram colocadas no altar mor e veneradas pelos paroquianos e peregrinos. Sua casa foi transformada em um museu onde os visitantes podem conhecer mais sobre esta corajosa jovem.

Carolina ainda não foi canonizada, mas milagres têm sido alcançados por sua intercessão. No 10º dia de cada mês há uma cerimônia junto às suas relíquias pedindo que ela seja canonizada.

Conhecida como a “Maria Goretti da Polônia”, a Beata Carolina é vista como um grande exemplo de pureza para os jovens do 3º milênio, devido à sua humildade, coragem e fé em Deus. Ela é patrona da juventude e dos agricultores.

Hoje celebramos a Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo  Clique aqui

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Santa Gertrudes

Gertrudes era de uma família abastada e nasceu em Eisleben, Alemanha, no ano 1256. Seus pais a colocaram como aluna das beneditinas de Roderdorf quando tinha apenas cinco anos.
A pequena Gertrudes encantava a todos. “Nessa alma, Deus reuniu o brilho e o frescor das mais belas flores à candura da inocência, de maneira que encantava todos os olhares como atraía todos os corações”, diz sua biógrafa e contemporânea.

Para uma jovem de seu tempo, não era coisa tão comum, mas Gertrudes recebeu uma cultura universal e clássica. Estudou latim, filosofia e teologia; se comprazia com a leitura de Virgilio e Cícero, e a filosofia de Aristóteles. Sua educação foi confiada à irmã da priora, Matilde de Hackeborn, muito adiantada na via mística e na santidade. Esta procurava incutir nas almas de suas alunas o fogo do amor de Deus que devorava seu coração. E encontrou em Gertrudes um campo propício para isso.

A narração das experiências místicas de Matilde, Lux divinitatis, constitui um elegante texto poético. Por volta de 1290, Matilde tivera uma visão relacionada com a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.  Em 27 de janeiro de 1281, depois de um mês de terrível provação, Nosso Senhor apareceu-lhe e fez-lhe compreender sua falta: “Provaste a terra com meus inimigos e sugaste algumas gotas de mel entre os espinhos. Volta a mim, e te inebriarei na torrente de meu divino amor”.  E, como dirá ela mesma, o Senhor "mais brilhante que toda luz, mais profundo do que qualquer segredo, docemente começou a aplacar aquela perturbação que havia entrado em meu coração".
Nessa visão, não de modo visível externamente, foram-lhe impressos os sagrados estigmas de Cristo Senhor Nosso, e em seguida foi agraciada com êxtases.  Após tais acontecimentos, que ela chama de “sua conversão”, entregou-se com ardor ao estudo da teologia escolástica e mística, da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja, sobretudo de Santo Agostinho, São Gregório Magno, São Bernardo e Hugo de São Vítor.

No mosteiro ela não exercia outra função senão a de irmã-substituta da irmã-cantora, Santa Matilde. Apesar de sempre doente e lutando tenazmente contra suas paixões, atendia às inúmeras pessoas que a vinham consultar. Gertrudes desejaria viver na solidão, mas as notícias correm e pessoas chegam ao mosteiro para fazerem confidências, para interrogá-la, ou simplesmente para vê-la.
E esta contemplativa enferma tem momentos de assombrosa atividade no contato com as pessoas e no empenho em divulgar-lhes a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e o culto a São José. A outros mais distantes auxilia com seus escritos,  e o faz com elegância que é fruto de seus estudos. O empenho da adolescência e da juventude na disciplina escolástica preparara Gertrudes para ser uma apóstola do modo adequado ao seu tempo. E é uma precursora de Santa Teresa d'Ávila e de Santa Margarida Maria Alacoque.

Santa Gertrudes é a Santa da Humanidade de Jesus Cristo e a teóloga do Sagrado Coração. Ela vê o Coração Divino não com a coroa de espinhos e a cruz; não se sente chamada à vocação especial de vítima expiatória pelos pecados do mundo. A chaga do peito que Jesus lhe apresenta é uma porta dourada por onde ela entra. Como São João Evangelista, ela repousa sobre o peito de Jesus, onde seu Coração é para ela um banho de purificação, um asilo e um descanso.
Um dia Gertrudes não pôde assistir com as Irmãs uma conferência espiritual. Apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: 
"Queres, minha queridíssima, que o sermão to faça Eu"? 
Ela aceitou e Jesus fez que ela descansasse sobre o seu Coração e ela ouviu duas pulsações:
"Com estas duas pulsações opero Eu a salvação dos homens", disse-lhe Ele.
A primeira pulsação servia para tornar o Pai propício aos pecadores, para lhes desculpar a malícia e movê-los à contrição; a segunda era um grito de alegria e congratulação pela eficácia do sangue de Jesus na salvação dos justos. Era um grito que atraía os bons para trabalharem constantemente na obra de sua perfeição.
Num ano em que o frio ameaçava os homens, animais e colheitas, durante a Missa Santa Gertrudes implorava a Deus que desse remédio a esses males. E teve a seguinte resposta:“Filha, hás de saber que todas tuas orações são ouvidas”. Ao que ela replicou: “Senhor, dai-me a prova desta bondade fazendo com que cessem os rigores do frio”. Ao sair da igreja, a santa notou que os caminhos estavam inundados pela água produzida pela neve derretida. O tempo favorável continuou, e começou mais cedo a primavera.
Os especialistas afirmam que os livros da Santa Gertrudes, junto com as obras de Santa Teresa d'Ávila e de Santa Catarina de Sena, são as obras mais úteis que uma mulher tenha dado à Igreja para alimentar a piedade das pessoas que se dedicam à vida contemplativa.
Santa Gertrudes havia escrito uma preparação para a morte, para proveito dos fiéis. Consistia em um retiro de cinco dias, o primeiro dos quais, consagrado a considerar a última enfermidade; o segundo, a confissão; o terceiro, a unção dos enfermos; o quarto, a comunhão; e o quinto a dispor-se para a morte. Certamente ela se preparou desse modo para seu falecimento, que ocorreu no Mosteiro de Helfta, em 17 de novembro de 1302.

Gertrudes já era considerada santa no momento de sua morte; Clemente XII incluiu o seu ofício no Calendário Romano em 1677. Mas somente em 1739 o seu culto foi estendido à Igreja Universal.


sábado, 14 de novembro de 2015

Beato Francisco de Paula Victor

Hoje será  beatificado em Três Pontas, MG,  o Padre Victor. Muitos ainda não conhecem sua bela história, por isso vamos apresentar alguns detalhes da sua vida.

Francisco de Paula Victor nasceu em Campanha, MG em 1827, filho de uma escrava, Lourença Maria de Jesus, sobre o seu pai, não temos informação, era possivelmente um escravo também.
É importante apresentar essa informação, porque pela legislação da época, os filhos ilegítimos, bem como os escravos, negro ou mulato, não poderiam receber as Ordens sacras.
Assim, Victor cresceu como escravo. No entanto, sua “proprietária” e madrinha, Dona Mariana, vendo sua inteligência e bondade, providenciou para que ele estudasse e aprendesse a ofício de alfaiate.
Desde cedo Victor ouviu o chamado de Deus ao sacerdócio, mas sabendo das dificuldades, guardava no seu coração esse segredo. No dia que partilhou com seu mestre alfaiate seus sonhos, foi profundamente humilhado e espancado:
“- Não se esqueça de que um é escravo, é escravo, e basta! Não tem nenhum direito!... Entre as palavras que você pode dizer não está o verbo ‘quero’! Quem é escravo deve fazer somente a vontade de seu dono. Lembre-se, rapaz! No dia em que você for padre, às minhas galinhas terão dentes.”
 
Mas os caminhos de Deus  são maravilhosos! Dona Mariana ao saber da sua vocação, o apoia, conversa com o Padre Antônio e depois com o Bispo, Dom Viçoso e juntos decidem enfrentar todas as dificuldades e impedimentos. Victor é advertido pelo bispo::
“- Percebe quantos obstáculos legais existem? Dizem sem meios-termos que não pode tornar-se sacerdote. Me atam as mãos. Não são pedras, são montanhas! Mas as montanhas podem ser superadas, ou não? 
Victor, o que me importa saber sobre você é outra coisa: está disposto a ser humilhado, a ser desprezado pó muitos? A sua vida será sempre coberta de espinhos que o farão sangrar, mas recorde-se, quanto maiores as adversidades e os sofrimentos, tanto mais compreenderá que Jesus Cristo ama você é, por isso, está colocando-o à prova.”
Diante da reposta firme e positiva de Victor, as coisas começam a acontecer.
 
Aos 22 anos ele chega a Mariana, no seminário, onde apresentou sua carta de alforria e o consentimento de Dona Mariana para que seguisse o caminho do sacerdócio.
No seminário é admitido na turma do terceiro ano devido aos seus conhecimentos de latim e pelos seus estudos já completados. Começa então um período de grande sofrimento e provações. Não sendo aceito pelos colegas, que o tratavam como escravo, o ofendendo e obrigando a fazer inúmeras tarefas.
E Victor? Apenas rezava, rezava e, algumas vezes, à noite, chorava em silêncio e lembrava as palavras de Dom Viçoso sobre as dificuldades que enfrentaria.
Um dia numa visita pastoral, Dom Viçoso prega aos seminaristas sobre a Carta de São Paulo aos Corintos: “Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres,momos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo...”
Encerrando a leitura ele disse: “- Gostaria que hoje meditassem sobre esta palavra. Todos nós... Todos... Somos corpo de Cristo... E todos nós... Todos... Somos seus membro. Quem tem ouvidos para entender, entenda.”
A partir daí alguns seminaristas assumiram um comportamento diferente entre eles e em particular, no relacionamento com Victor.
Mais uma vez Dom Viçoso pregou: “Vocês se tornarão sacerdotes para servir, não para serem servidos.”
E assim, o tempo, a paciência, e, sobretudo, o exemplo de Victor fizeram com que seus companheiros passassem a aceitá-lo, respeitá-lo e admira-lo.
 
Vencendo as dificuldades a cada dia, com a ajuda da Madrinha Mariana e do Bispo Dom Viçoso na resolução das questões legais, no dia 15 de março de 1851, Victor recebe o diaconato e no dia 14 de junho do mesmo ano, é ordenado sacerdote! O sonho de Victor havia se tornado realidade.
A vida de Padre Victor foi cheia de dificuldades, muito preconceito mas a graça de Deus o acompanhava e pouco a pouco ele vai conquistando a confiança, o respeito e amor dos paroquianos. Em Três Pontas, permaneceu como vigário durante 53 anos. 

Apóstolo da Caridade, foi um pároco generoso e dinâmico. Garantia sempre a santa missa, celebrada no domingo com grande solenidade e com a participação de pregadores conhecidos. Era muito ativo na catequese e na administração dos sacramentos. Introduziu o mês em homenagem a Nossa Senhora e percorria a cavalo as áreas rurais para levar conforto espiritual aos mais distantes. De 1852 a 1905, ano de sua morte, batizou 8.790 recém-nascidos filhos de brancos e 383 filhos de escravos. Incentivou a educação dos jovens, especialmente os pobres. Por isso, fundou em sua paróquia uma escola gratuita. Dava aos pobres as ofertas que recebia. Beneficiava também aqueles que no início o desprezaram. Os seus paroquianos, cerca de vinte anos depois de sua morte, colocaram uma placa em sua homenagem com a inscrição: “A sua vida foi um Evangelho”.
Só para ilustrar sua vida de doação total, contamos essa passagem de sua vida:
 
Uma manhã ao sair de casa, sua empregada comunicou que não havia café, açúcar e outros alimentos que haviam acabado. Padre Victor respondeu sorrindo que não tinha dinheiro. Durante o dia recebeu uma oferta num envelope fechado que não abriu. Quando uma paroquiana pede ajuda para comprar remédios para o filho doente, ele não  hesita em entregar-lhe o envelope fechado. Ela vai a farmácia e retorna com o troco. Ele não aceita o dinheiro e manda que ela compre alimentos para a família.
Retornando para casa avisa a empregada: “Saí sem dinheiro e retorno sem dinheiro...quem sabe algum dia teremos um pouco para o café e o açúcar.”
 
Padre Victor morreu em 23 de setembro de 1905, aos 78 anos. Durante três dias seu corpo ficou exposto, porque não acabava a fila dos fiéis que queria se despedir dele.

Beata Madre Maria Luisa Merkert

Aos trinta e três anos, em 1850, tendo retornado à sua cidade natal de Nysa, na Silésia, depois de um longo caminho espiritual marcado por obstáculos, incompreensões e muitas contrariedades, Maria Merkert encontrou-se totalmente só e cercada de olhares de desconfiança. Mas aquele era o momento designado pela Providência Divina para a atuação do extraordinário carisma com que Deus havia enriquecido a sua serva: ser apóstola da caridade para com os doentes e os mais necessitados. Cada carisma é um dom, uma possibilidade concreta que o Espírito Santo oferece a cada homem e a cada mulher para encontrar-se com o Senhor. Maria Merkert como uma moderna samaritana, havia recebido o carisma de encontrar Jesus padecente, abandonado, doente, naqueles que sofriam. E ela fez-se solidária com eles, servindo os miseráveis, crianças abandonadas e pobres.

O seu pensamento constante era este: "Cuidai de tudo com atenção, assisti os doentes com amor e paciência e não vos ocupeis de nada que impeça o vosso dever".
Maria Merkert não poderia imaginar que aquele ponto do caminho, onde toda a sua obra parecia fracassar, como um mero caso, era o momento escolhido por Deus para provar a sua fé. Ela havia escrito: "Não percamos o ânimo, façamos o que está ao nosso alcance e o mais Deus completará. O mais está nos mãos de Deus".

"O mais está nos mãos de Deus". Deus foi o seu conforto e a sua força, como reconhece o decreto sobre as suas virtudes heroicas da Congregação para a Causa dos Santos, de 20 de Dezembro de 2004. "Maria Merkert perseverou na sua missão em tempos muito difíceis e exortava as suas filhas espirituais a comportar-se com a mesma fidelidade".
A Serva de Deus Maria Merkert, nasceu na cidade de Nysa, na Silésia, a 21 de Setembro de 1817, filha de pais profundamente religiosos. Maria Merkert, com a sua irmã mais velha Matilde, viveu a infância (orfã de pai já aos nove meses de idade) e a juventude nutrida por uma ardente espiritualidade cristã incentivada pelo exemplo de sua mãe. Em 1842 morreu também a sua mãe. A dureza da vida quotidiana e a direção da casa fizeram dela uma mulher cuidadosa, hábil nos trabalhos manuais e muito prudente.

Foi em 1842 que a Providência Divina se manifestou, através de um encontro que se pode pensar tenha sido casual, com a jovem Dorota Clara Wolff, então com trinta e sete anos de idade e interiormente iluminada. Maria se sentiu chamada assim como Clara a cumprir uma particular missão: amar a Deus de modo absoluto, curando os membros sofredores do Corpo de Cristo, segundo as Palavras do Senhor: "Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes (Mt 25, 40). Assim, Maria, sua irmã Matilde, Dorota Clara e a conterrânea Francisca Werner, uniram-se para iniciar a trabalhar sem nenhuma aprovação canônica, nem votos religiosos, buscando imitar Cristo no seu amor misericordioso, assistindo com admirável abnegação os doentes, sobretudo os agonizantes e as crianças abandonadas em suas casas. Maria era sempre vista ao lado das camas num pobre dormitório coletivo, atendendo com paciência e dignidade a cada necessidade material e também espiritual.
Assim, iniciaram a formação religiosa do noviciado e um adequado aprendizado dos métodos de assistência aos doentes, com as irmãs de São Carlos Borromeu de Praga, com a intenção de retornarem a Nysa como irmãs canonicamente reconhecidas, como uma nova congregação. Matilde não pode segui-las, morreu em  março de 1846.
Nessa fase aprendeu o que sabe bem o que é a humilhação e a rejeição. Foi uma dura prova. O ideal das irmãs de São Carlos Borromeu, no entanto, discordava de alguns pontos da missão que Dorota Clara e Maria se sentiam chamadas a cumprir, sobretudo na assistência aos doentes a domicílio, que as irmãs praticavam extraordinariamente. Sentindo a mudança dos seus planos de vida, Dorota Clara deixou o noviciado de Praga e se separou para sempre de Maria.
Esta, cheia de angústia e de perplexidade interior, em 30 de Junho de 1850, juntamente com Francisca Werner decidem deixar as irmãs de São Carlos Borromeu e retornar a Nysa.
Como Jesus só e abandonado no Jardim das Oliveiras, bebeu o cálice amargo, da incompreensão e hostilidade da parte de muitos, escandalizados pela sua decisão. Foi abandonada também pelo seu diretor espiritual, Pe. Francisco Fischer.
Era aquela, porém, a escola da cruz. Sua especial vocação e missão iniciada em 1842, dava-lhe serenidade, confiança e a esperança de que tudo, no final, sairia bem. "Não percamos o ânimo e empenhemo-nos a fazer o que podemos: o mais está nas mãos de Deus".

Francisca Werner e Maria Merkert recomeçaram em Nysa as atividades caritativas sob a proteção de Santa Isabel da Turíngia (1207-1231), conhecida como a santa da caridade para com os indigentes e doentes. A fé destas duas mulheres vinha da proteção divina. Assimilava os ensinamentos da Carta aos Hebreus: "A fé é um modo de possuir desde agora o que se espera" (Hb 11,1). Os sofrimentos morais foram os exercícios onde aprenderam a apoiar-se somente em Deus.
Um ano antes da sua morte, a Serva de Deus escreveu: "Coloquemos fiel e devotamente a nossa vida nas mãos de Deus, pois prometemos dedicar as nossas fracas forças exclusivamente ao seu serviço". Tanto amor oferecido, tanta alegria no sofrimento.
Maria Merkert estava convencida sobre a vontade de Deus e dedicou todas as suas forças aos sofredores e àqueles que necessitavam de ajuda, não temendo nem mesmo pela sua própria vida. A Associação (como eram chamadas as irmãs) constituiu-se em Nysa para curar os doentes abandonados sob a proteção de Santa Isabel. Não era possível, esquecer ou deixar de falar sobre tanta bondade em meio a população e as autoridades civis: em um ano foram tratadas 383 pessoas doentes, distribuídos 11.561 pratos de comida aos pobres.
Em 5 de Março de 1860, pela primeira vez, as irmãs professaram os votos religiosos. Maria Merkert foi eleita a primeira Madre-Geral. Em 1871 a Congregação recebeu o reconhecimento pontifício do Beato Pio IX, confirmado definitivamente em 1887 por Leão XIII.
A longa estrada marcada por ofensas, mágoas, obstáculos, calúnias e heroicos sacrifícios, foi reconhecida pela Igreja como "um caminho de Deus". Hoje as Irmãs de Santa Isabel são aproximadamente 1700 e servem a Igreja e a sociedade em várias nações da Europa e da América Latina; também em Jerusalém testemunham com a vida e o trabalho o amor misericordioso de Deus.
A Serva de Deus, enfraquecida sob o peso da abnegação, do sacrifício, das responsabilidades e do dinamismo em servir que brotou da sua profunda fé, morreu aos 55 anos de idade, em 14 de Novembro de 1872. As co-irmãs, "órfãs", saudaram-na como uma mãe: "Adeus, nossa amada, querida e boa Mãe". A sua figura permanece viva e atual porque os sofredores na Igreja têm sempre necessidade de ajuda de um "bom Samaritano".


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Santa Agostinha Lívia Pietrantoni

 
"Existia uma vez e ainda existe, com renovado aspecto, um povoado chamado Pozzaglia, nas colinas da região da Sabina... E lá havia uma casa abençoada, um ninho repleto de vozes infantis, entre as quais aquela de Olívia, chamada Lívia, que trocará seu nome pelo nome religioso de Agostinha... ".

A breve vida da Irmã Agostinha, define-se assim: "simples, límpida, pura, amorosa... e no final dolorosa e trágica... aliás... simbólica". Esta maneira de ser da Irmã Agostinha inspirou o Papa Paulo  VI,  Papa da sua beatificação em 1972 a traçar o seu percurso espiritual.

27 de março de 1864. No pequeno povoado de Pozzaglia Sabina,  nasce e é batizada Lívia: segunda de 11 filhos. Os pais, Francesco Pietrantoni e Caterina Costantini, eram pequenos agricultores que trabalhavam a própria terra e algum terreno arrendado. A infância e a juventude de Lívia respiram os valores da família honesta, trabalhadora, religiosa e são marcados sobretudo pela sabedoria do avô Domenico, verdadeiro ícone patriarcal na casa abençoada, onde "todos procuravam fazer o bem e a oração era comum...".

Aos quatro anos, Lívia recebe o sacramento da Crisma e por volta de 1876 faz a sua primeira Comunhão, com uma consciência certamente extraordinária, comprovada pela sua posterior vida de oração, de generosidade e de doação. Ainda muito cedo aprende da mãe Caterina as atenções e os gestos de maternidade que exprime com docilidade entre os numerosos imãozinhos, onde todos parecem ter direito ao seu tempo e à sua ajuda. Trabalha no campo e cuida dos animais... Portanto, não tem muito tempo para brincar e para a escola. Mesmo assim consegue obter um grande proveito da sua irregular frequência, tanto a merecer das suas colegas o título de "professora".

Aos 7 anos começa a trabalhar com outras crianças, transportando inúmeros baldes de cascalho e areia para a construção de uma estrada. Aos 12 anos parte com as outras meninas que nos meses invernais se encontram em Tivoli, para a colheita da azeitona. Lívia, com uma sabedoria precoce, assume a responsabilidade moral e religiosa das jovens colegas, lhes é apoio na dureza do trabalho, longe da família e do povoado; com decisão e coragem, lhes é guia também nas relações com os chefes prepotentes e sem escrúpulos.

Lívia é uma jovem admirável pela sabedoria, o senso altruísta, a generosidade, a beleza... e isso não passa despercebido aos olhos dos rapazes do seu povoado. Para a mãe Caterina não passam despercebidos estes gestos de admiração e já sonha para a filha um futuro promissor.
Porém Lívia, o que pensa? Qual o segredo que mantém? Por que não escolhe? Por que não decide?

"Lívia, deixando-se desafiar pela voz interior da vocação, entrega-se: será Cristo o Amor, será Cristo o Esposo... ". A sua busca se orienta rumo a uma vida de sacrifício. Às pessoas da família e do povoado que pretendiam desviá-la da sua decisão, definindo-a uma fuga das dificuldades, Lívia responde: "Quero escolher uma Congregação onde tenha trabalho para o dia e para a noite" e todos estão certos da autenticidade dessas palavras. Uma primeira viagem a Roma, juntamente com o tio Frei Matteo, acaba com uma grande desilusão: Lívia não é aceita. Porém, alguns meses depois, a Superiora Geral das Irmãs da Caridade de S. Joana Antida Thouret, comunica-lhe que a espera na Casa Geral. Lívia adverte que desta vez o adeus é para sempre. Com emoção despede-se dos conterrâneos, de cada lugar do povoado; dos lugares de oração: a Paróquia, a Nossa Senhora da Rifolta; abraça os seus familiares; de joelhos recebe a bênção do avô Domenico "beija a porta da sua casa, faz o sinal da cruz, e parte...".

23 de março de 1886. Lívia chega a Roma aos 22 anos, passando a morar na rua S. Maria in Cosmedin. Alguns meses de Postulado e de Noviciado são suficientes para constatar que a jovem possui todas as condições para ser Irmã da Caridade, isto é, uma verdadeira "serva dos pobres", conforme a tradição de S. Vicente de Paola  de S. Joana Antida. Lívia leva para o convento, como herança familiar, um potencial humano particularmente sólido, que lhe serve de garantia.

Quando veste o hábito religioso e recebe o novo nome de Irmã Agostinha, percebe que ela mesma deverá ser santa com este nome, visto que de fato, não existe uma santa Agostinha!
Enviada ao Hospital Santo Espírito, glorioso pela sua história de 700 anos e definido como "o ginásio da caridade cristã", Irmã Agostinha dá a sua contribuição pessoal a exemplo dos santos que a precederam, entre os quais Carlos Borromeo, José Calasanz, João Bosco, Camilo De Lellis... e naquele lugar de dor manifesta a caridade até o heroísmo.

O clima no hospital é hostil à religião; a questão romana é contrária ao Evangelho: são expulsos os Padres Capuchinhos, é banido o crucifixo e os demais sinais religiosos... Queria-se afastar também as Irmãs, mas teme-se a impopularidade: a elas a vida torna-se " impossível" e é proibido falar de Deus. Irmã  Agostinha porém, não tem necessidade da boca para "gritar Deus" e nenhuma mordaça a pode impedir de anunciar o Evangelho.

O seu serviço, primeiramente no setor das crianças e depois com os tuberculosos, onde se contagia e depois milagrosamente sara. Entre o desespero e a morte de tuberculosos, exprime a sua total entrega e a sua extraordinária atenção a cada paciente, sobretudo aos mais difíceis, violentos e obscenos, como o " Romanelli ".

Em segredo, em um pequeno lugar escondido, Irmã Agostinha, encontra um lugar para a Virgem Maria, para que fique no hospital; a Ela confia os seus "protegidos", prometendo-lhes vigílias de oração e maiores sacrifícios, para obter a graça da conversão dos mais obstinados. Quantas vezes terá oferecido seus serviços a Giuseppe Romanelli? É o pior de todos, o mais vulgar e insolente, sobretudo com ela que se desdobra em atenções e acolhe com grande bondade a mãe cega que vem visitá-lo. Dele se pode esperar de tudo, todos estão aborrecidos. Quando, depois de infinitas bravatas a prejuízo das mulheres da lavanderia, o Diretor o expulsa do hospital, com a sua raiva quer encontrar uma vítima e a indefesa Irmã Agostinha é a vítima designada... "Matar-te-ei com as minhas mãos!", "Irmã Agostinha, não tens mais que um mês de vida!" são as expressões de ameaças que ele faz chegar seguidas vezes, através de bilhetes.

De fato, Romanelli não brinca, mas nem mesmo Irmã Agostinha fixa limites a sua generosidade ao Senhor... Esta pronta a pagar por isso, com a sua própria vida, o preço do amor, sem fugas, sem acusas... Quando, naquele 13 de novembro de 1894, Romanelli a surpreende e a fere mortalmente, dos seus lábios saem somente a invocação à Virgem e palavras de perdão. A Irmã cai de joelhos sem um lamento. Com extremo esforço levanta-se, dá uns passos para a habitação das religiosas, perdoa ao assassino e exala o último suspiro murmurando: Minha Mãe do céu, ajudai-me! A autópsia revelará que o coração tinha sido atravessado em três pontos.
No dia 15 de novembro toda a cidade de Roma se apinha nas ruas, do Hospital do Espírito Santo para o cemitério, a fim de ver passar o caixão da religiosa mártir. Os jornais do tempo referem que estavam presentes mais de 200 mil pessoas.
No dia 12 de novembro de 1972, Paulo VI elevou às honras dos altares, com o título de Beata, a Irmã Agostinha Lívia, falecida aos 30 anos. Ela foi canonizada no domingo, 18 de abril de 1999 por João Paulo II.
Esta Santa tinha feito a promessa solene: Ofereço-me a Deus para amar Nosso Senhor Jesus Cristo e para servi-Lo na pessoa dos pobres. Prometeu e cumpriu.



quinta-feira, 12 de novembro de 2015

São Diogo (Diego) de Alcalá


Diogo nasceu pelo ano de 1400 na região espanhola de Andaluzia. Sentindo desde muito novo inclinação  para vida solitária e penitente, durante vários anos viveu como eremita junto da igreja de São Nicolau, na sua terra natal. No entanto, à oração e contemplação aliava o trabalho manual, como cultivo de uma horta e a confecção de cestos de vime e pequenos utensílios para uso doméstico, os lucros desses trabalhos destinava-os por inteiro a ajudar os pobres. A fama de sua virtude estendeu-se a povoações vizinhas, e passou a ser venerado por muita gente.

Entretanto começou a sonhar em voos mais altos, e resolveu ingressar na ordem dos frades menores. Dirigiu-se nesse intuito a um convento próximo de Córdova, onde foi admitido ao noviciado, e a seu tempo à profissão dos votos religiosos. Exerceu vários ofícios humildes em diversos conventos da província religiosa, até que em 1441 foi enviado às Canárias para evangelizar. Só por obediência aceitou o cargo de guardião de um convento para o qual fora eleito em 1446. Dedicou-se com especial empenho a defender os indígenas da exploração por parte dos conquistadores, que por isso mesmo lhe levantaram muitas dificuldades e causaram muitas contrariedades, a ponto de em 1449 pedir autorização para regressar à Espanha. No ano seguinte em 1450, foi com um confrade a Roma, para ganhar o jubileu e assistir à canonização de São Bernardino de Sena.

Aconteceu que o convento romano de Araceli, onde os dois religiosos se tinham hospedado, foi atingido pela epidemia que nesse ano flagelou a cidade de Roma, e quase todos os frades, que eram muitos, caíram doentes. Diogo desfez-se em cuidados para com eles, quer a respeito de tratamentos, quer para providenciar ao sustento necessário, que era escasso, apesar das providências tomadas pelas autoridades públicas. Foi um autêntico herói nesse apostolado de caridade, cuidando dos doentes e socorrendo os pobres mais afetados pela carestia resultante da peste. Chegou a curar muitos enfermos pelo simples contato das mãos, untada no azeite da lâmpada colocada junto à imagem de Nossa Senhora.

O humilde e obediente Frei Diogo, em se tratando de fazer o bem aos pobres, não hesitava em privar-se do próprio pão para levá-lo escondidamente a algum mendigo. E Deus mostrou que gostava desse gesto fazendo-o encontrar a cestinha de pães cheia de rosas.

Ao voltar à pátria, viveu de novo em diversos conventos antes de a morte lhe abrir as portas do céu, em Alcalá de Henares, perto de Madrid, a 12 de novembro de 1463, aos 63 anos de idade. A fama de santidade de vida desse humilde irmão leigo franciscano, unida aos muitos milagres que Deus por sua intercessão realizou, levou Sisto V a canoniza-lo no dia 2 de julho de 1558.
Tornou-se um dos cultos de grande devoção, o que perpetua a sua memória pelo seu nome emprestado aos seus rios, baías e a várias cidades, além de ser padroeiro de muitas outras também. O exemplo mais famoso é a cidade de San Diego, no estado da Califórnia, América do Norte.

São Diogo de Alcalá fez reviver a figura daqueles irmãos, simples e humildes, que nos tempos do franciscanismo primitivo foram o orgulho e a alegria de São Francisco, que no trabalho, no silêncio e na penitência conquistavam almas para Cristo. Na ordem franciscana é venerado como especial patrono dos irmãos não clérigos.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

São Leão Magno

“É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos seus santos, e nenhuma espécie de crueldade pode destruir a religião que foi fundada pelo mistério da cruz de Cristo. A Igreja não diminui com as perseguições, mas aumenta; e o campo do Senhor reveste-se sempre com uma seara mais abundante quando os grãos, caídos um a um, nascem multiplicados.”

“Devemos alegrar-nos, irmãos caríssimos, na comemoração de todos os santos, que são para nós um dom de Deus, proteção da nossa fraqueza, exemplo de paciência e confirmação da nossa fé. Mas ao celebrarmos a memória dos apóstolos Pedro e Paulo, com razão devemos gloriar mais jubilosamente, pois a graça de Deus os elevou tão alto entre os membros da Igreja que os constituiu como a luz dos dois olhos no Corpo de que Cristo é a cabeça.”
“Tal como nós já experimentamos e os nossos maiores demonstraram, cremos e confiamos que, no meio de todas as dificuldades desta vida, seremos sempre ajudados pela oração dos nossos principais protetores, para obter a misericórdia de Deus. Deste modo, se os nossos pecados nos abatem, elevam-nos os méritos dos Apóstolos.”
Sermão 82 – Sobre os Santos


São Leão Magno e Atila, o Huno clique aqui