segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

27 de janeiro - Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno. Mc 3,29


São três as grandes maravilhas do sacerdócio de Jesus: ofereceu a vida por nós uma vez por todas; continua também agora a rogar por cada um de nós; voltará para nos levar consigo. Ao homem é pedido que não feche o coração para se deixar perdoar pelo Pai.

Dois pontos contrastantes na liturgia de hoje. Por um lado, há esta grande maravilha, este sacerdócio de Jesus em três etapas — aquela em que perdoa os pecados uma vez para sempre; aquela em que intercede agora por nós; e aquela que terá lugar quando Ele voltar — mas há também o contrário, “a blasfêmia imperdoável”. E é duro ouvir Jesus dizer isto: mas é Ele quem o diz, e se o diz é verdade.

Com efeito, Marcos escreve, citando as palavras do Senhor: Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos filhos dos homens — e sabemos que o Senhor perdoa tudo, se abrirmos um pouco, totalmente, o coração! — os pecados e todas as blasfêmias que disserem — até as blasfêmias serão perdoadas! — mas quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo não será perdoado eternamente: é réu de culpa eterna. Assim esta pessoa, quando o Senhor voltar, ouvirá estas palavras: “Afasta-te de mim!”. E isto porque, a grande unção sacerdotal de Jesus foi o Espírito Santo quem a fez no seio de Maria: os sacerdotes, na celebração de ordenação, são ungidos com o óleo; e fala-se sempre da unção sacerdotal. Até Jesus, como sumo sacerdote, recebeu esta unção. E a primeira unção foi a carne de Maria por obra do Espírito Santo. Assim, quem blasfema sobre isto, fá-lo sobre o fundamento do amor de Deus, que é a redenção, a recriação; blasfema sobre o sacerdócio de Cristo.

O Senhor perdoa tudo, mas quem diz tais coisas está fechado ao perdão, não quer ser perdoado, nem se deixa perdoar. Precisamente esta é a fealdade da blasfêmia contra o Espírito Santo: não se deixar perdoar, porque renega a unção sacerdotal de Jesus feita pelo Espírito Santo.

Papa Francisco – 23 de janeiro de 2017

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