Quando começa um novo ano, ainda ressoa nos
nossos corações e no mundo inteiro o eco daquele anúncio jubiloso que se
manifestou, há vinte séculos, na noite de Belém, noite que simboliza a condição
da humanidade em sua carência de luz, de amor e de paz.
Aos homens de então como aos de hoje, os
mensageiros celestes trouxeram a boa nova da chegada do Salvador: “O povo que
andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam na terra da
escuridão, uma luz começou a brilhar”.
O mistério do Filho de Deus que Se torna Filho
do homem supera seguramente toda a expectativa humana. Na sua gratuidade
absoluta, este acontecimento de salvação é a resposta autêntica e completa ao
desejo profundo do coração. A verdade, o bem, a felicidade, a vida em plenitude
que cada homem busca, consciente ou inconscientemente, são-lhe concedidos por
Deus. Cada pessoa, ao anelar por estes benefícios, está à procura do seu
Criador, porque só Deus responde à sede que está no coração de cada homem.
A humanidade, em toda a sua história, através
das suas crenças e dos seus ritos, manifesta uma busca incessante de Deus e
«estas formas de expressão são tão universais que bem podemos chamar ao homem
um ser religioso.
A dimensão religiosa é uma característica
inegável e irrefreável do ser e do agir do homem, a medida da realização do seu
destino e da construção da comunidade a que pertence. Por isso, quando o
próprio indivíduo ou aqueles que o rodeiam negligenciam ou negam este aspecto
fundamental, geram-se desequilíbrios e conflitos a todos os níveis, tanto no
plano pessoal como no interpessoal.
Papa Bento XVI – 10 de
janeiro de 2011
Hoje celebramos:
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