terça-feira, 7 de janeiro de 2020

07 de janeiro - Beato Mateus de Agrigento


Mateus de Gallo Cimarra, de pais oriundos da Espanha, nasceu em Agrigento (Sicília), no mesmo ano que São Bernardino de Sena: 1380. Iniciado pela mãe nas virtudes cristãs da fé, bondade, pureza e temor de Deus, o jovem correspondeu generosamente aos desvelos maternos. Aos 18 anos ingressou na ordem franciscana. Na Espanha doutorou-se em filosofia e teologia; foi ordenado sacerdote em 1403; e durante quatro anos lecionou aos irmãos.

Quando São Bernardino de Sena iniciava na Itália seu apostolado, Mateus foi ter com ele, e por ele foi acolhido como companheiro de pregação. Trabalharam juntos durante uns 15 anos na difusão do culto do Santíssimo Nome de Jesus e da devoção à Virgem Maria, empenhando-se ainda em restituir à ordem franciscana o ideal primitivo.

Edificou muitos conventos e centros de espiritualidade franciscana. Em 1443 foi eleito ministro provincial da Sicília, onde já havia 50 conventos, 38 dos quais dedicados a Santa Maria de Jesus.

Entusiasmado com a devoção ao Nome de Jesus, percorreu toda a Sicília a pregar o Evangelho, a recordar aos sacerdotes a sua dignidade, a reavivar a fé do povo, a converter os pecadores – e Deus confirmava com milagres a sua pregação.
Foi mestre e artífice de Santos, que foram também seus colaboradores, como os Beatos João de Palermo, Cristovão Giudici, Gandolfo de Agrigento, Arcângelo de Calatafimi, Lourenço de Palermo, e São Eustóquia de Messina.

São Bernardino de Sena fora acusado de heresia perante o papa Martinho V por pregar o culto ao nome de Jesus. O Beato Mateus, com São João de Capistrano, defendeu com energia o grande mestre, e venceram a causa.

Nomeado bispo de Agrigento pelo Papa Eugênio IV, desenvolveu uma intensa atividade pastoral: reformou o rebanho, extirpou os abusos, restaurou a disciplina, destinou aos pobres as avultadas rendas da diocese, combateu a simonia.
Foi injustamente acusado ao papa Eugênio IV, que o chamou e ouviu, e o declarou inocente. Após três anos de episcopado, renunciou à diocese e alcançou do papa autorização para regressar ao convento de Santa Maria de Jesus de Palermo. Aí viveu os últimos anos em silêncio e oração, dando exemplo admiráveis virtudes.

No dia 7 de janeiro de 1451, com 71 anos, passou ao descanso eterno. A sua sepultura tornou-se célebre por frequentes milagres.


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