O apóstolo João nos diz o que é o amor: não
porque nós amamos a Deus, mas porque Ele nos amou primeiro. Ele esperava-nos
com amor. Ele é o primeiro a amar. E Deus é assim: é sempre o primeiro: é o
primeiro a esperar-nos, a amar-nos, a ajudar-nos. E o amor é isto, é o amor de
Deus.
Por conseguinte, a questão de fundo consiste em
como se pode compreender o amor e também como o Senhor nos revelou este amor.
Olhando para a história da salvação, o Senhor foi um grande pedagogo, com a
pedagogia do amor. Ele não manifesta o amor com coisas grandiosas: torna-se
pequeno, pequenino, com gestos de ternura, de bondade. É um Deus que se faz
pequenino, que se aproxima, e com esta proximidade, com esta pequenez, faz-nos
compreender a grandeza do amor.
O que é grande deve ser compreendido através do
pequeno, Deus vai além, envia o seu Filho, mas não o envia em majestade, em
força, envia-o em carne pecadora: “o Filho humilhou-se a si mesmo, assumiu a
forma de servo até à morte, à morte de cruz”. Por isso, a grandeza maior tem
que ser expressada na menor e mais dramática pequenez: este é o mistério do
amor de Deus, deste amor que o Senhor nos ensina a demonstrar mais com as obras
do que com as palavras.
É um amor total. E quando Jesus nos quer
ensinar qual deve ser a atitude cristã diz-nos poucas coisas, mostra-nos aquele
famoso protocolo sobre o qual todos nós seremos julgados:
Dentro das minhas possibilidades, pus em
prática o amor de Deus: dei de comer ao faminto, dei de beber ao sedento,
visitei o doente, o preso? Porque, são precisamente as obras de misericórdia o
caminho de amor que Jesus nos ensina em continuidade com este amor de Deus,
grande. O Senhor não nos pede grandes discursos sobre o amor; pede-nos que
sejamos homens e mulheres com um amor grande ou pequeno, o mesmo, mas que
saibamos fazer estas pequenas coisas por Jesus, pelo Pai.
Papa Francisco – 08 de
junho de 2018
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