João Batista define-se como “uma voz que
clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”.
Esta voz proclama a palavra, mas em tal caso a Palavra de Deus precede,
enquanto é ela mesma que desce sobre João, filho de Zacarias, no deserto.
Portanto, ele tem um grande papel a
desempenhar, mas sempre em função de Cristo. Santo Agostinho comenta: João é
a voz. Do Senhor, ao contrário, afirma-se: “No princípio era o Verbo”. João é a
voz que passa, Cristo é a Palavra eterna que era no princípio. Se à voz
tirarmos a palavra, o que permanece? Um som vago. A voz sem palavra atinge o
ouvido, mas não edifica o coração.
Quanto a nós, hoje temos a tarefa de ouvir
aquela voz para conceder a Jesus, Palavra que nos salva, espaço e acolhimento
no coração. Neste tempo de Natal, podemos ver, com os olhos da fé, na Gruta
humilde de Belém, a salvação de Deus.
Na sociedade consumista, na qual somos tentados
a procurar a alegria nas coisas, João Batista ensina-nos a viver de maneira
essencial, a fim de que o Natal seja vivido não só como uma festa exterior, mas
como a festa do Filho de Deus que veio trazer aos homens a paz, a vida e a
alegria verdadeira.
Hoje celebramos:
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