No trecho evangélico, uma multidão com um
entusiasmo fervoroso, seguia Jesus calorosamente e vinha de todas as partes.
Muitos percorriam este caminho a pé para encontrar o Senhor. E perante esta
insistência surge uma pergunta: Por que vinha esta multidão? Por que este
entusiasmo? As motivações podem ser multíplices: havia doentes que queriam ser
curados, mas havia também numerosos que iam para o ouvir. Aliás, estas pessoas
gostavam de ouvir Jesus, porque não falava como os seus doutores, mas com
autoridade. Isto mexia com o coração. Certamente era uma multidão que vinha
espontaneamente.
Portanto, esta gente ia porque sentia algo. E
eram tão numerosos que Jesus teve que pedir uma barca e afastar-se um pouco da
margem do rio, para que não o esmagasse. Mas qual era o verdadeiro motivo, o
profundo? Ninguém pode vir ter comigo se não o atrair o Pai. Com efeito,
se é verdade que esta multidão ia ter com Jesus porque necessitava ou porque alguns
eram curiosos o motivo real encontra-se no fato de que esta multidão era
atraída pelo Pai. Era o Pai que atraía as pessoas a Jesus. E Cristo não ficava
indiferente, como um mestre estático que proferia as suas palavras e depois
lavava as mãos. Não! Esta multidão mexia com o coração de Jesus.
Portanto, o Pai, através do Espírito Santo,
atrai as pessoas a Jesus. É inútil ir procurar todas as argumentações. Qualquer
motivo pode ser necessário, mas não é suficiente para fazer levantar um dedo.
Não podes mover-te dar um passo só com as argumentações apologéticas. Ao
contrário, o que é deveras necessário e decisivo é que seja o Pai quem te atrai
a Jesus.
Papa Francisco – 19 de
janeiro de 2017
Hoje celebramos:
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