Existe um fermento bom e um fermento ruim. O
que faz crescer o Reino de Deus e o que faz somente a aparência do Reino de
Deus. O fermento faz sempre crescer; quando é bom, se torna um bom pão, uma boa
massa, porque cresce bem. Já o fermento ruim não faz crescer bem. Na liturgia
de hoje Jesus nos adverte contra o fermento ruim, dos fariseus e de Herodes.
Lembro-me que no Carnaval, quando éramos
pequenos, a vó fazia biscoitos com uma massa bem fina. Ela a jogava no óleo e
ela inchava, crescia... mas quando começávamos a comer, víamos que o biscoito
era vazio... a vó dizia ‘são como as mentiras: parecem grandes, mas não têm
nada dentro, nada de verdade; não têm substância’. Jesus nos diz: ‘Fiquem
atentos, guardem-se do fermento ruim, o dos fariseus’. E qual é? A hipocrisia.
Protejam-se bem do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
A hipocrisia é uma divisão interna. É quando se
diz uma coisa e se faz outra. É uma espécie de esquizofrenia espiritual. O
hipócrita é um simulador: parece bom, gentil, mas tem um facão dentro de si!
Pensemos em Herodes, com quanta cortesia havia
recebido os Reis Magos! E depois, no momento de se despedir, diz: ‘Vão, mas
voltem, e me digam onde está o menino, para que eu vá adorá-lo’. Para matá-lo!
O hipócrita tem duas caras!
O hipócrita é também incapaz de se auto acusar.
Nunca vê uma mancha em si mesmo; acusa os outros. Pensemos no cisco e na
trave... e assim podemos descrever este fermento, que é a hipocrisia.
Com que espírito fazemos as coisas? Com que
espírito rezamos? Com que espírito me dirijo aos outros? Com o espírito que
constrói? Ou com o espírito que se transforma em ar?
Papa Francisco – 14 de
outubro de 2016
Hoje celebramos:
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