terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

18 de fevereiro - “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”. Mc 8,15


Existe um fermento bom e um fermento ruim. O que faz crescer o Reino de Deus e o que faz somente a aparência do Reino de Deus. O fermento faz sempre crescer; quando é bom, se torna um bom pão, uma boa massa, porque cresce bem. Já o fermento ruim não faz crescer bem. Na liturgia de hoje Jesus nos adverte contra o fermento ruim, dos fariseus e de Herodes.

Lembro-me que no Carnaval, quando éramos pequenos, a vó fazia biscoitos com uma massa bem fina. Ela a jogava no óleo e ela inchava, crescia... mas quando começávamos a comer, víamos que o biscoito era vazio... a vó dizia ‘são como as mentiras: parecem grandes, mas não têm nada dentro, nada de verdade; não têm substância’. Jesus nos diz: ‘Fiquem atentos, guardem-se do fermento ruim, o dos fariseus’. E qual é? A hipocrisia. Protejam-se bem do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.

A hipocrisia é uma divisão interna. É quando se diz uma coisa e se faz outra. É uma espécie de esquizofrenia espiritual. O hipócrita é um simulador: parece bom, gentil, mas tem um facão dentro de si!
Pensemos em Herodes, com quanta cortesia havia recebido os Reis Magos! E depois, no momento de se despedir, diz: ‘Vão, mas voltem, e me digam onde está o menino, para que eu vá adorá-lo’. Para matá-lo! O hipócrita tem duas caras!

O hipócrita é também incapaz de se auto acusar. Nunca vê uma mancha em si mesmo; acusa os outros. Pensemos no cisco e na trave... e assim podemos descrever este fermento, que é a hipocrisia.
Com que espírito fazemos as coisas? Com que espírito rezamos? Com que espírito me dirijo aos outros? Com o espírito que constrói? Ou com o espírito que se transforma em ar?
Papa Francisco – 14 de outubro de 2016

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