segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

03 de fevereiro - Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro. Mc 5,2


O trecho evangélico de hoje narra sobre um homem possuído pelo demônio, que de repente se põe a gritar: "O que queres de nós, Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei que Tu és o Santo de Deus!". E Jesus intima-o: "Cala-te! Sai dele!". E imediatamente, observa o evangelista, com gritos dilacerantes, o espírito maligno saiu daquele homem.
Jesus não só expulsa os demônios das pessoas, libertando-as da pior escravidão, mas impede que os demônios revelem a sua identidade. E insiste sobre este "segredo", porque está em jogo o bom êxito da sua própria missão, da qual depende a nossa salvação.
Com efeito, sabe que para libertar a humanidade do domínio do pecado, Ele deverá ser sacrificado na cruz como verdadeiro Cordeiro pascal. O demônio, por sua vez, procura distraí-lo em vista de o desviar ao contrário para a lógica humana de um Messias poderoso e com sucesso.

A cruz de Cristo será a ruína do demônio, e é por isso que Jesus não cessa de ensinar aos seus discípulos que para entrar na sua glória deve sofrer muito, ser rejeitado, condenado e crucificado, dado que o sofrimento faz parte integrante da sua missão.

Jesus sofre e morre na cruz por amor. Deste modo, considerando bem, deu sentido ao nosso sofrimento, um sentido que muitos homens e mulheres de todas as épocas compreenderam e fizeram seu, experimentando uma profunda serenidade também na amargura de árduas provas físicas e morais. Isso nos dá a coragem de anunciar a verdade, a coragem de dizer com clareza, por exemplo, que a eutanásia é uma solução falsa para o drama do sofrimento, uma solução indigna do homem. Efetivamente, a verdadeira resposta não pode consistir em propiciar a morte, por mais "dócil" que seja, mas sim em dar testemunho do amor que ajuda a enfrentar a dor e a agonia de modo humano. Estejamos certos disto: nenhuma lágrima, nem de quem sofre, nem de quem lhe está próximo, se perderá diante de Deus.

Papa Bento XVI – 01 de fevereiro de 2009

Hoje celebramos:

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