terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

04 de fevereiro - Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. Mc 5,27-28


O detalhe mais evidente na vida de Jesus é que Ele está sempre no meio da multidão. No trecho evangélico proposto pela liturgia a palavra “multidão” repete-se três vezes. E não se trata de um ordenado cortejo de pessoas, com os guardas que lhe fazem escolta, a fim de que as pessoas não o toquem: antes, é uma multidão que envolve Jesus, que o abraça. E ele permanece ali.
Aliás, cada vez que Jesus saía, a multidão era maior. Mas ele procurava outro aspecto: procurava as pessoas. E elas procuravam-no: mantinham os olhos fixos n’Ele e Ele nelas.

Poder-se-ia objetar: Jesus dirigia o olhar para as pessoas, para a multidão. Contudo, não era assim: para cada um. Porque precisamente esta é a peculiaridade do olhar de Jesus. Ele não massifica as pessoas: Jesus olha para cada um.

A prova pode ser encontrada, várias vezes, nas narrações bíblicas. No evangelho do dia, por exemplo, lê-se que Jesus perguntou: Quem me tocou? quando estava no meio do povo, que o comprimia.
Parece estranho, os próprios discípulos diziam-lhe: “Mas tu vês a multidão que se comprime ao teu redor!”  Desconcertados, tentando imaginar a sua reação, pensaram: Mas talvez ele não tenha dormido bem. Talvez se confunda.
Contudo Jesus tinha certeza: Alguém me tocou! De fato, no meio daquela multidão Jesus deu-se conta daquela idosa que o tinha tocado. E curou-a.
Havia muitas pessoas, mas ele prestou atenção precisamente nela, uma senhora idosa.

Papa Francisco – 31 de janeiro de 2017

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