Felipe de Jesus nasceu no México, filho de
Afonso Las Casas e Maria Martinez. De caráter vivaz, indisciplinado, indócil e
brigão.
Um bom dia disse à sua mãe: “Decidi
fazer-me franciscano”. A mãe não acreditou. O filho lhe disse: “Tu
te ris, porém, convence-te, tão logo, me verás vestido com o hábito
franciscano.”
Nesse mesmo ano realizou seu sonho, porém,
durou pouco seu noviciado, e regressou à casa. Seus pais o enviaram à Manila,
nas Filipinas, para se dedicar ao comércio. Porém, ali seguiu seu estilo de vida
de diversões e esbanjamentos com seus amigos até ficar sem nada de dinheiro.
Então, os amigos o abandonaram. Arrependido, pediu perdão a Deus e suplicou aos
irmãos menores que o admitissem novamente na Ordem. Atendido em seu pedido,
dedicou-se à oração e à penitência, vivendo na íntima união com Deus, com uma
vontade edificante.
Seus pais, quem haviam obtido boas notícias
sobre o filho, pediram aos superiores que permitissem a Felipe regressar ao
México, para terminar seus estudos e ordenar-se sacerdote.
Aceita a petição, ele embarcou de Manila para o
México. Na viagem, viu-se perfilar no lado do Japão, uma grande cruz branca,
rodeada de viva luz, que logo se transformou em uma cruz roxa, até que uma
nuvem a ocultou. Então Felipe disse: “Esta é a cruz que o Senhor me
reserva no Japão”.
Pouco mais tarde se desencadeou uma furiosa
tempestade, que obrigou o capitão a parar perto do Japão. Então, a nave foi
capturada e os passageiros feitos prisioneiros pelos japoneses.
Felipe foi enviado ao convento de Osaka. Dali,
foi transferido por São Pedro Batista a Meaco, para preparar-se para o
sacerdócio. Porém, o Senhor lhe preparava a cruz e a palma do martírio.
Junto com seus coirmãos e os outros
franciscanos da Ordem Terceira foi preso e condenado à morte de cruz. Na manhã
fria de 5 de fevereiro de 1597, em Nagasaki, ele foi crucificado junto com os
outros mártires e foi o primeiro a ser perfurado. A execução ocorreu na
presença de numerosos cristãos e marinheiros portugueses. Tinha 23 anos.
O México o escolheu como seu patrono.
O Papa Pio IX o canonizou, com os outros
mártires, em 8 de junho. 1862, em uma cerimônia magnífica, na presença de
numerosos bispos.
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