A Amazônia querida
apresenta-se aos olhos do mundo com todo o seu esplendor, o seu drama e o seu
mistério. Deus concedeu-nos a graça de a termos presente de modo especial no
Sínodo que se realizou em Roma em outubro de 2019, concluindo com o
Documento Amazônia: Novos Caminhos para a Igreja e para uma Ecologia
Integral.
O sentido desta Exortação
Ouvi as intervenções ao longo do Sínodo e li,
com interesse, as contribuições dos Círculos Menores. Com esta Exortação, quero
expressar as ressonâncias que provocou em mim este percurso de diálogo e
discernimento. Aqui, não vou desenvolver todas as questões amplamente tratadas
no Documento conclusivo; não pretendo substitui-lo nem repeti-lo. Desejo apenas
oferecer um breve quadro de reflexão que encarne na realidade amazônica
uma síntese de algumas grandes preocupações já manifestadas por mim
em documentos anteriores, que ajude e oriente para uma recepção harmoniosa,
criativa e frutuosa de todo o caminho sinodal.
Ao mesmo tempo, quero apresentar de maneira
oficial o citado Documento, que nos oferece as conclusões do Sínodo e no qual
colaboraram muitas pessoas que conhecem melhor do que eu e do que a Cúria
Romana a problemática da Amazônia, porque vivem lá, por ela sofrem e a amam
apaixonadamente. Nesta Exortação, preferi não citar o Documento, convidando a
lê-lo integralmente.
Deus queira que toda a Igreja se deixe
enriquecer e interpelar por este trabalho, que os pastores, os consagrados, as
consagradas e os fiéis-leigos da Amazônia se empenhem na sua aplicação e que,
de alguma forma, possa inspirar todas as pessoas de boa vontade.
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