quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

22 de janeiro - Beato José Nascimbeni


José Nascimbeni era o único filho do carpinteiro Antonio Sartori e da dona de casa Amadea. Ele nasceu em Torri del Benaco (diocese e província de Verona) em 22 de março de 1851 e foi batizado no mesmo dia. Cresceu e fez o curso primário na sua cidade natal. A família modesta economicamente, mas muito religiosa, rica em fervor a Deus, o enviou para o Colégio dos Jesuítas de Verona e depois para o Seminário diocesano.

Em 09 de agosto de 1874, recebeu o diploma de professor e foi ordenado sacerdote. Logo foi designado para a cidade de São Pedro de Lavanho, na diocese de Verona, como auxiliar do pároco e professor. Três anos depois foi transferido para a paróquia da pequena cidade de Casteletto de Brenzone, também em Verona. Quando o velho pároco morreu, as famílias influentes pediram para que o padre Nascimbeni fosse nomeado o seu sucessor, em 1885.

Padre Nascimbeni empenhou todo seu vigor na vida religiosa e civil daqueles mil habitantes. Estimulou as atividades dos paroquianos leigos, valorizando os talentos para a formação de associações e grupos religiosos. Teve igual empenho para o desenvolvimento da cidade, criando asilos, escolas para órfãos e internatos para crianças abandonadas. Para os jovens, ajudou a fundar uma fábrica de roupas, uma tipografia, uma fábrica de azeite e uma cooperativa rural. Para melhorar a vida dos habitantes conseguiu a energia elétrica, a água potável e uma agência postal.

Não se compreendia como, estando tão ocupado, ele ainda encontrasse tempo para se dedicar as orações e as penitências que se impunha de dia ou de noite. Ele rezava em qualquer lugar, com seu rosário bem visível e sem se incomodar com as ironias. Não era raro atravessar a cidade descalço, por ter dado seus sapatos a algum mendicante.

Padre Nascimbeni precisava de religiosas com urgência para cuidar das crianças, dos idosos, dos doentes e da paróquia. Mas não as encontrava. Foi então solicitar ajuda ao bispo, que o encorajou a fundar uma congregação de religiosas para suprir esta necessidade da comunidade.
Em 1892, ele e mais quatro jovens, que depois tomaram o hábito religioso, fundou a Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família. Estas religiosas hoje estão presentes em toda a Itália, Suíça, Albânia, Angola, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Dentre elas está a Beata Madre Maria Domenica Mantovani, considerada Co-fundadora, braço direito de Padre José Nascimbeni nessa obra.

Em 31 de dezembro de 1916 sofreu uma hemiplegia esquerda (isquemia cerebral) enquanto celebrava a Eucaristia, que o deixou paralítico. Foram cinco anos de sofrimentos físicos, orações e penitências. Aceitou essa enfermidade com paciência e fé até 21 de janeiro de 1922, quando veio a falecer. Tinha 71 anos de idade. Suas últimas palavras foram: “Viva a morte, porque é o princípio da vida”! Foi sepultado na Casa Mãe das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, na cidade de Casteletto de Brenzone, Verona, Itália.

Sua inspiração: a Sagrada Família.
Seu programa:  Caritas Christi urget nos. Sua força: a Eucaristia, a oração, o Rosário. Seu legado:  orando, trabalhando, sofrendo pela glória de Deus e pela redenção do mundo.
Foi beatificado em Verona por João Paulo II em 17 de abril de 1988. Trecho da sua homilia:

A fonte de seu zelo pelas almas era a Eucaristia, pela qual estava apaixonado, a ponto de nunca decidir uma questão importante sem antes ter orado muito ante o Santíssimo Sacramento. Ele viveu sua missão como pároco com espírito missionário, aberto às necessidades da Igreja, dedicado a edificar ou reconstruir a fé e a experiência de Cristo na alma de seus fiéis. Por esse motivo, ele instruiu as crianças e os fiéis com constante pregação, foi particularmente solícito no ensino de catequese, atencioso em oferecer aos adultos oportunidades de reflexão sobre a doutrina e a moralidade cristã, generoso em proporcionar a formação de jovens por meio de oradores masculinos e femininos. 



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