"És meu servo, em
ti serei glorificada". Estas palavras da
Virgem Maria ao jovem sacerdote André Corsini constituem o melhor resumo de sua
santa vida.
Nascido em Florença, no final do século XIV.
Seus pais, Nicolau e Corsini Gema degli Stracciabende pertenciam a famílias da
aristocracia da cidade.
Ainda muito jovem, André ingressou na Ordem do
Carmo e se propôs em observar a mais estrita observância da Regra Carmelita.
Distinguiu-se pelo seu amor fraterno,
austeridade e rigor na penitência. Como provincial, soube manter o espírito
religioso da disciplina, o culto da pobreza e da oração e observância da Regra,
cuidando especialmente da formação dos jovens, segundo o espírito e tradição da
Ordem, infundindo a todos o zelo apostólico. Durante a peste que assolou a
região, se entregou com heroísmo ao cuidado dos enfermos.
No ano 1349 foi nomeado bispo de Fiesole,
diocese perto de Florença, onde logo se revelou suas qualidades de bondade e
sabedoria com que o Senhor tinha o abençoado.
Escolheu para ele, em seu palácio, uma cela
reservada, onde ele dormia em uma cama de ramos e onde passava longas horas da
noite em oração.
Seus biógrafos apresentam-no como bispo muito
leal a Santa Sé. Ele se entregou totalmente à sua diocese. Defendeu com firmeza
e fidelidade o patrimônio da Igreja, advogando que os bens da Igreja são dos
pobres. Zeloso e reformador da fé e dos costumes. Consciente do principal
ofício do ministério sacerdotal, que é adorar a Deus e evangelizar as pessoas
conduzindo-os para Deus.
O Papa lhe confiava, com frequência,
importantes missões para resolver conflitos e tentar apaziguar queixas ou
visitar mosteiros relaxados.
Em várias ocasiões, exerceu em benefício do
próximo o precioso dom dos milagres. Um de seus tios sofria de uma doença que
lhe corroía as carnes da perna. Para se distrair do incômodo, transformou sua
casa em lugar de jogatinas. Visando conquistar para Jesus essa alma, André foi
visitá-lo e lhe perguntou:
– Quereis ser curado?
– Vai-te daqui, mendigo, queres zombar de mim!
– Se desejais ser curado, aceitai ao menos um
conselho.
A mansidão do Santo abrandou a arrogância do
ímpio, que disse:
– Se for possível a minha cura, farei tudo
quanto pretenderes.
O frade lhe recomendou jejuar durante seis dias
e, no sétimo, rezar sete Pai-Nossos, sete Ave-Marias e uma Salve Rainha.
– Se fizerdes isto, prometo que a gloriosa
Virgem obterá de seu Filho vossa cura.
Embora incrédulo e sem devoção alguma, o doente
assim fez. No sétimo dia estava curado. Exultante, procurou André para
dizer-lhe:
– Sois verdadeiramente um amigo de Deus, meu
sobrinho! Nada mais sinto, posso caminhar como um jovem.
Com efeito, suas carnes estavam renovadas.
Desde então, mudou de vida, não mais cessando de dar graças a Deus e a sua
Imaculada Mãe.
Santo André Corsini morreu em 6 de janeiro
de1374. Em seu túmulo, que é mantido na Basílica del Carmen, em Florença, foi
gravado este epitáfio: “Admirável pelo exemplo da sua vida e sua
eloquência”
Seu culto começou após a sua morte, mas a
solenidade da sua canonização foi em 29 de abril de 1629.
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