Luís Tezza, nasceu
em 1º de novembro de 1841, na cidade de Conegliano, na Itália. Sua família era
muito religiosa e gozava de boa situação financeira. Seus pais chamavam-se Augusto
e Catarina Nedwiedt, sendo seu pai médico e sua mãe uma santa dona de casa.
Devido questões de trabalho de Augusto, a família muda-se para Veneza, ele foi
exercer medicina no hospital São João e São Paulo de Veneza. Passado um ano e
meio, Augusto novamente é transferido, foi para um município de Veneza, para
onde levou sua família.
O pequeno Luís
amava e admirava muito seu pai, pois era um homem muito bom. No exercício de
sua profissão foi capaz de curar e confortar a muitas pessoas doentes. O
exemplo dele mais tarde refletiu na vida do filho. Quando Luís tinha oito anos
de idade, seu pai faleceu, e com a morte de Augusto, o pequeno Luís e sua mãe
retornam para a cidade natal, Conegliano, permanecendo juntos dos parentes e
familiares.
Ali o jovem começou
os estudos fundamentais. Em certa ocasião, ele escreveu ao Padre Luís Artini,
camiliano, superior da Casa Santa Maria del Paradiso, em Verona. O jovem
manifestava o desejo de conhecer o carisma e a espiritualidade camiliana e
conversar pessoalmente com o Padre Artini. Na verdade, Luís Tezza buscava
discernir sua vocação. No dia 29 de outubro de 1856, Catarina, acompanha seu
filho à comunidade de Santa Maria del Paradiso. Ali iniciava sua formação
religiosa, sob a orientação do Padre Artini.
Uma vez separada de
Luís, sentindo-se muito sozinha, Catarina, no dia 31 do mesmo mês, ingressou no
mosteiro da Visitação. Renunciou a todos os bens, doando-os aos pobres e ao
Instituto, que a acolhera. Eme 1857, Catarina recebeu o hábito das Monjas da
Visitação do Mosteiro de Pádua, cerimônia, a qual o religioso camiliano Luís
Tezza estava presente. Sua mãe morreu no dia 2 de agosto de 1880.
Aos 18 anos, Luís
fez a profissão Religiosa perpétua, e aos 23 anos foi ordenado presbítero.
Padre Luís Tezza muito jovial, inteligente e bondoso inicia seu apostolado. Em
1866, padre Tezza viveu momentos complicados com a lei de supressão das Ordens
e Congregações Religiosas. Ele sempre alimentou o afã pelas missões. Teve
convite para um projeto de missões, por meio do missionário Daniel Comboni,
hoje, santo. Por obediência aos seus superiores recusou. Após essa recusa, ele
foi mandado para Roma e nomeado Vice Mestre de Noviços, em 1869. Um ano depois
foi nomeado Vice Provincial da Província Francesa.
Depois de três anos
ele voltou para Roma. Com ele vários religiosos e noviços, saíram expulsos da
França. Todos foram acolhidos em Verona. Padre Tezza retorna à França em 19 de
abril de 1881, onde ocupou a função de Superior de Lille e, em 1885, foi feito
Superior Provincial. Após quatro anos, foi eleito Consultor Geral.
Profundo imitador
de São Camilo, sonhava com a criação de um instituto feminino, que com
maior naturalidade poderia atender aos doentes. Uma fundação
que pudesse oferecer aos pacientes um tratamento de característica “afeição
maternal”, conforme desejava seu fundador.
No mês de dezembro
de 1891, Padre Luís Tezza, foi assessorar um retiro espiritual no convento das
Irmãs de Nossa Senhora do Cenáculo. Dentre as participantes estava a jovem
Judite, mais tarde, Madre Josefina Vannini. Com a autorização do Cardeal
Vigário, no dia 2 de fevereiro de 1892, na Capela da Casa Geral dos Camilianos,
em Roma, o Padre João Mattis, Superior Geral, conferiu à Judite e duas
companheiras, o escapulário e a cruz vermelha de São Camilo. Toda a cerimônia
foi assistida e apoiada pelo Padre Tezza. Aquele momento foi o marco de um
sonho, ele via nascer a Congregação
Filhas de São Camilo.
O Padre Luís
Tezza, ao final de sua peregrinação, encontrava-se em Lima
-Peru. Tão grande foi sua atuação que logo ficou conhecido como o
“Apóstolo de Lima”. Era com pregador, sobretudo pelo seu
testemunho. Celebrava a Santa Missa com extrema devoção e
piedade. Consagrou-se aos jovens e sua formação espiritual e tinha, como
dom, a intuição e conhecimento do que se passava pelo coração das
pessoas, guiando-as no caminho da perfeição cristã e religiosa. A
amabilidade foi a virtude inseparável de sua vida. Sentia-se
estreitamente unido ao Senhor aos pés da cruz; considerava tanto as
pequenas, como as grandes cruzes, como o seu mais precioso
bem.
Depois de uma vida
toda entregue ao serviço da caridade para com os doentes e necessitados, no dia
26 de setembro de 1923, em Lima, na Casa de Santa Maria da Boa Morte, Padre
Luís Tezza faleceu. A cidade de Lima ficou consternada pela grande perda, do
santo de Lima.
O Padre Luís Tezza
foi proclamado pela Igreja bem-aventurado no dia 4 de novembro de 2001, pelo
Papa João Paulo II.
Padre
Luis Tezza foi escolhido por Deus não só para viver, mas também para transmitir
o carisma de misericórdia para com os doentes através da fundação do Instituto
das Filhas de São Camilo, dedicado ao serviço da vida humana desde a sua
concepção até à sua morte natural. Ele indica a todo cristão como se colocar diante do mundo do
sofrimento, como curá-lo e aliviá-lo e, acima de tudo, como valorizá-lo em prol
da própria santificação e redenção.
Padre
Luis também nos encoraja a acreditar e agir de acordo com o plano de Deus para
cada um de nós. De fato,
ele girou sua existência em uma dobradiça: obediência a Deus. E ele realmente viveu em um estado constante de busca e ação
da vontade de Deus. Nos sinais dos tempos,
nos fatos da vida cotidiana, nas decisões de seus superiores, ele sempre viu o
plano de Deus, que deveria ser seguido à custa de qualquer sacrifício.
Ele
repete a cada um de nós sua convicção para que ela se torne nossa:
Deus não disse
apenas a alguns, mas a todos: seja santo.
A santidade, portanto, deve ser acessível a todos.
Em que consiste? Fazendo muitas coisas? Não.
Fazendo coisas extraordinárias? Nenhum dos dois. Não seria para todos ou para todos os tempos.
Portanto: é fazer o bem e fazer isso perfeitamente na condição, no estado em que Deus nos colocou.
Nada mais; nada fora disso.
A santidade, portanto, deve ser acessível a todos.
Em que consiste? Fazendo muitas coisas? Não.
Fazendo coisas extraordinárias? Nenhum dos dois. Não seria para todos ou para todos os tempos.
Portanto: é fazer o bem e fazer isso perfeitamente na condição, no estado em que Deus nos colocou.
Nada mais; nada fora disso.
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