sexta-feira, 14 de setembro de 2018

14 de setembro - Santo Alberto de Jerusalem


Alberto nasceu por volta do ano 1150 em Parma, na Itália, na rica e nobre família Avogrado, dos condes Sabbioneta. Ainda muito jovem, resolveu deixar a vida mundana da Corte, ingressando no Convento dos Cônegos de Santo Agostinho de Mortara, em Pavia. Em pouco tempo, foi eleito prior pelos companheiros e, em 1184, foi nomeado bispo de Bobbio, cargo que recusou porque não se achava preparado e à altura da função.

Porém essa não era a opinião do Papa Clemente III, que nesse mesmo ano o encarregou de assumir o bispado de Vercelli. Assim, Alberto não teve como recusar. Assumiu a missão com tanta vontade de fazer um bom ministério que ficou na função por vinte anos, levando o povo local a uma vida de penitência, oração e caridade. Era sempre tão conciliador e justo na intermediação de causas que o imperador Frederico Barba Roxa solicitou seus préstimos para solucionar uma disputa entre Parma e Piacenza, em 1194. Com sua intervenção junto à Sé, em Roma, a desavença chegou ao fim rapidamente.

Passados mais alguns anos de trabalho, em 1205, Alberto foi nomeado patriarca de Jerusalém, cargo que também só aceitou por insistência do Papa Inocêncio III. O argumento usado pelo Papa foi definitivo: a Palestina sofria uma pressão fortíssima por parte dos muçulmanos e era preciso ter entre os católicos alguém com carisma e disciplina de "mão forte", pois havia o risco do desaparecimento do cristianismo naquela região.

Alberto não fugiu da responsabilidade, mas como Jerusalém estava sob domínio dos árabes sarracenos, foi para lá em 1206, fixando residência na cidade de Acra. Foi necessário pouco tempo para que ele reconduzisse as ovelhas desgarradas ao rebanho, ganhando o respeito tanto dos cristãos como dos árabes muçulmanos.

Ele foi o patriarca da Palestina durante oito anos. E durante esse período reuniu todos os eremitas de Monte Carmelo, redigindo ele mesmo as Regras para a comunidade. Brocardo, então prior dos carmelitas, pediu ao Patriarca Alberto que lhes desse uma norma de vida. De bom grado Santo Alberto a escreveu, tornando-se assim no Legislador da nossa Ordem. Por isso, e apesar de não ter sido carmelita, a Ordem do Carmo o representa nas suas imagens vestido de carmelita e com a Regra na mão.

Nas suas dificuldades encontrou consolação e coragem junto dos carmelitas, seus amigos, de que foi sempre admirador e protetor.

A Regra começa assim: «Aos amados filhos que moram perto da fonte de Elias, no Monte do Carmo…» 

Estimado por todos, surgiu-lhe um inimigo, na pessoa de um professor, prior do Hospital do Espírito Santo, natural de Caluso, em Piemonte. Alberto, vendo o mau procedimento daquele homem, tinha por diversas vezes, por meios persuasivos, procurado afastá-lo do caminho do crime. Mas, em vez de se emendar, tornou sua vida cada vez mais escandalosa, chegando afinal ao ponto de merecer a pena de excomunhão, com que o patriarca o ameaçou. Exasperado com a justa energia do Prelado, jurou tirar desforra. 

Quando, no dia 14 de Setembro de 1214, presidia em São João de Acre, aos pés do Carmelo, à procissão da Exaltação da Santa Cruz, foi assassinado por este professor, que investiu contra ele com um punhal, matando-o na frente de todos os fiéis.  




Nenhum comentário:

Postar um comentário