Para mim, a
recordação dos nossos antepassados tem um grande valor. Eu mesmo sei os nomes
de quinze gerações de meus antepassados, desde 1698, quando minha família
recebeu o santo Batismo.
Por meio da
genealogia damo-nos conta de que pertencemos a uma história que é maior do que
nós. E colhemos o sentido de nossa própria história com maior certeza da
verdade.
Por isso, agradeço
à Igreja, nossa Mãe, que pelo menos duas vezes por ano, no tempo do Advento e
na festa da Natividade de Maria, faz ressoar em nossas assembleias, espalhadas
por todo o mundo católico, os nomes de muitos personagens significativos que
tiveram – segundo um misterioso desígnio divino – uma importante missão na
história da salvação e na vida do Povo de Israel.
O desconcertante
mistério da escolha, por parte de Deus, dos antepassados do Messias, ilumina o
mistério da nossa vocação.
“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos
escolhi” Jo 15,18. Não fomos escolhidos por causa de
nossos méritos, mas unicamente por causa da misericórdia de Deus.
“Eu te amei com um amor eterno”
Jr 31,3. Esta é a nossa segurança.
“Desde o seio materno o Senhor me chamou”
Is 49,1. É esta a nossa vantagem: saber que fomos chamados e escolhidos por
amor.
Cardeal
François X. N. Van Thuan – Testemunhas da Esperança
Hoje celebramos:
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