À luz da
Ressurreição do Senhor, que não abandona nenhum daqueles que o Pai lhe confiou,
nós podemos privar a morte do seu aguilhão, como dizia o apóstolo Paulo;
podemos impedir que ela envenene a nossa vida, que torne vãos os nossos afetos,
que nos leve a cair no vazio mais obscuro.
Pela fé na
ressurreição, podemos consolar-nos uns aos outros, conscientes de que o Senhor
venceu a morte de uma vez para sempre. Os nossos entes queridos não
desapareceram nas trevas do nada: a esperança assegura-nos que eles estão nas
mãos bondosas e vigorosas de Deus. O amor é mais forte do que a morte.
Por isso, o caminho
consiste em fazer aumentar o amor, em torná-lo mais sólido, e o amor
preservar-nos-á até ao dia em que todas as lágrimas serão enxugadas, quando já
não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Se nos deixarmos amparar por
esta fé, a experiência do luto poderá gerar uma solidariedade de vínculos
familiares mais forte, uma renovada abertura ao sofrimento das outras famílias,
uma nova fraternidade com as famílias que nascem e renascem na esperança.
Nascer e renascer na esperança, é isto que nos propicia a fé. Contudo, gostaria
de ressaltar a última frase do Evangelho que ouvimos hoje.
Depois que Jesus
restituiu à vida este jovem, filho da mãe que era viúva, o Evangelho reza: Jesus entregou-o à sua mãe. Esta é a
nossa esperança! O Senhor restituir-nos-á todos os nossos entes queridos que já
partiram, e encontrar-nos-emos todos juntos. Esta esperança não desilude!
Recordemos bem este gesto de Jesus: Jesus
entregou-o à sua mãe, assim fará o Senhor com todos os nossos amados
familiares!
O esforço amoroso
de Deus é mais forte do que a obra da morte. É deste amor, precisamente deste
amor, que nos devemos tornar cúmplices laboriosos, com a nossa fé! E recordemos
aquele gesto de Jesus: Jesus entregou-o
à sua mãe; assim fará Ele com todos os nossos entes queridos e também conosco,
quando nos encontrarmos, quando a morte for derrotada definitivamente em nós.
Ela é vencida pela cruz de Jesus. Jesus restituir-nos-á todos à família!
Papa
Francisco – 17 de junho de 2015
Hoje celebramos:
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