Jesus cura no dia
de sábado um homem que tinha a mão direita paralisada. Porém, a pregação e o
modo de agir de Jesus não agradavam os doutores da lei. E por esta razão os
escribas e os fariseus observavam-no para ver o que ele fazia: espiavam-no para
ver porque no seu coração tinham más intenções. Assim depois de Jesus ter
aberto o diálogo, e perguntado se é lícito fazer o bem ou o mal no dia de
sábado, eles não falam, ficam calados. Lucas narra que, depois do milagre
realizado pelo Senhor, eles, fora de si pela cólera, puseram-se a debater entre
eles sobre o que poderiam ter feito a Jesus.
Numa palavra,
começaram a raciocinar sobre o que fazer para matar o Senhor. E muitas vezes no
Evangelho repete-se esta cena. Portanto, estes doutores da lei não têm uma
atitude como esta: não estamos de acordo, falemos. Mas, neles prevalece a
cólera: não podem dominá-la e começam a perseguir Jesus, até à morte.
Desde os primeiros
dias a Igreja é perseguida. Mas até quando o será? Certamente, até hoje. Com
efeito, também hoje muitos cristãos, talvez mais do que nos primeiros tempos,
são perseguidos, assassinados, expulsos, despojados por serem cristãos.
Não há cristianismo
sem perseguição. Façamos memória da última das bem-aventuranças: quando vos
levarem às sinagogas, vos perseguirem e insultarem: este é o destino do
cristão. Mais ainda: Hoje, diante deste fato que acontece no mundo, com o
silêncio cúmplice de muitas potências que podiam detê-lo, estamos diante deste
destino cristão: ir pelo mesmo caminho de Jesus.
Nós hoje nos
jornais sentimos horror por aquilo que fazem alguns grupos terroristas, que
degolam as pessoas somente por serem cristãs. Precisamente hoje, o Evangelho
nos narra onde começou esta história: com Jesus. E o que fizeram com Jesus,
durante a história foi feito com o seu corpo, que é a Igreja.
O Senhor hoje
faz-nos sentir, no corpo da Igreja, o amor pelos nossos mártires e também a
nossa vocação ao martírio. Nós não sabemos o que acontecerá aqui: não o
sabemos! Mas, que o Senhor nos dê a graça, se um dia acontecer esta perseguição
aqui, a coragem do testemunho que tiveram todos estes cristãos mártires.
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Papa
Francisco – 07 de setembro de 2015
Hoje celebramos:
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