A salvação só vem
da cruz, mas daquela cruz que é Deus feito carne: não há salvação nas ideias,
na boa vontade, no compromisso de ser bom, não! Na realidade, a única salvação
está em Cristo crucificado, porque só Ele, como a serpente de bronze
significava, foi capaz de assumir todo o veneno do pecado e de nos curar.
Mas o que é a cruz
para nós?
É o símbolo dos
cristãos, e nós fazemos o sinal da cruz mas nem sempre o fazemos bem, às vezes
fazemo-lo assim... porque não temos fé na cruz. A cruz, para algumas pessoas é
um distintivo de pertença: Sim, uso a cruz para fazer ver que sou cristão. E
está bem, contudo não só como distintivo, como se fosse um clube de futebol
mas, como memória d’Aquele que se fez pecado, que se fez diabo, serpente, por
nós; abaixou-se até se aniquilar totalmente.
Além disso, é
verdade, outros usam a cruz como um ornamento, com pedras preciosas, para se
mostrar. Mas Deus disse a Moisés: Quem olhar para a serpente será curado; Jesus
diz aos seus inimigos: “Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então conhecereis
quem sou”. Substancialmente, quem não olhar para a cruz com fé morrerá nos
próprios pecados, não receberá a salvação.
Hoje a Igreja
propõe um diálogo com este mistério da cruz, com este Deus que se fez pecado,
por amor a mim. E cada um de nós pode dizer “por amor a mim”. Assim, é oportuno
perguntar-me como uso a cruz: como uma recordação? Quando faço o sinal da cruz
estou ciente do que faço? Como uso a cruz: só como um símbolo de pertença a um
grupo religioso? Como uso a cruz: como ornamento, como uma joia de ouro com
muitas pedras preciosas? Ou aprendi a carregá-la nos ombros, onde dói?
Cada um de nós hoje
olhe para o Crucificado, olhe para este Deus que se fez pecado para que nós não
morrêssemos nos nossos pecados e responda a estas perguntas que vos sugeri.
Papa
Francisco – 04 de abril de 2017
Hoje celebramos
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