O Evangelho de hoje
fala-nos de outra incompreensão, muito diversa, em relação a Jesus: a dos seus
familiares. Eles estavam preocupados, porque a sua nova vida itinerante lhes
parecia uma loucura. Com efeito, Ele mostrava-se muito disponível com o povo,
sobretudo com os doentes e os pecadores, a ponto de não ter tempo nem sequer
para comer. Jesus era assim: primeiro as pessoas, servir o povo, ajudar o povo,
ensinar ao povo, curar as pessoas. Era para as pessoas. Não tinha tempo nem
sequer para comer. Por conseguinte, os seus familiares decidem reconduzi-lo a
Nazaré, a casa.
Chegam ao lugar
onde Jesus está a pregar e mandam chama-lo. Disseram-lhe: Estão ali fora, Tua
mãe e Teus irmãos que te procuram. Ele respondeu: Quem são Minha mãe e Meus
irmãos? e olhando para as pessoas que estavam em seu redor a ouvi-lo,
acrescentou: Aí estão Minha mãe e Meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de
Deus, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe. Jesus formou uma nova
família, já não baseada nos vínculos de sangue, mas na fé n’Ele, no seu amor
que nos acolhe e nos une, no Espírito Santo. Todos aqueles que acolherem a
palavra de Jesus são filhos de Deus e irmãos entre si. Acolher a palavra de
Jesus torna-nos irmãos entre nós, faz de nós a família de Jesus. Falar mal dos
outros, destruir a fama dos outros, torna-nos a família do diabo.
Aquela resposta de
Jesus não é uma falta de respeito para com a sua mãe e os seus familiares.
Aliás, para Maria é o maior reconhecimento, pois precisamente ela é a discípula
perfeita que obedeceu em tudo à vontade de Deus. Que a Virgem Mãe nos ajude a
viver sempre em comunhão com Jesus, reconhecendo a obra do Espírito Santo que
age n’Ele e na Igreja, regenerando o mundo para a vida nova.
Papa
Francisco – 10 de junho de 2018
Hoje celebramos:
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