terça-feira, 25 de setembro de 2018

25 de setembro - Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática. Lc 8,21


O Evangelho de hoje fala-nos de outra incompreensão, muito diversa, em relação a Jesus: a dos seus familiares. Eles estavam preocupados, porque a sua nova vida itinerante lhes parecia uma loucura. Com efeito, Ele mostrava-se muito disponível com o povo, sobretudo com os doentes e os pecadores, a ponto de não ter tempo nem sequer para comer. Jesus era assim: primeiro as pessoas, servir o povo, ajudar o povo, ensinar ao povo, curar as pessoas. Era para as pessoas. Não tinha tempo nem sequer para comer. Por conseguinte, os seus familiares decidem reconduzi-lo a Nazaré, a casa.

Chegam ao lugar onde Jesus está a pregar e mandam chama-lo. Disseram-lhe: Estão ali fora, Tua mãe e Teus irmãos que te procuram. Ele respondeu: Quem são Minha mãe e Meus irmãos? e olhando para as pessoas que estavam em seu redor a ouvi-lo, acrescentou: Aí estão Minha mãe e Meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe. Jesus formou uma nova família, já não baseada nos vínculos de sangue, mas na fé n’Ele, no seu amor que nos acolhe e nos une, no Espírito Santo. Todos aqueles que acolherem a palavra de Jesus são filhos de Deus e irmãos entre si. Acolher a palavra de Jesus torna-nos irmãos entre nós, faz de nós a família de Jesus. Falar mal dos outros, destruir a fama dos outros, torna-nos a família do diabo.

Aquela resposta de Jesus não é uma falta de respeito para com a sua mãe e os seus familiares. Aliás, para Maria é o maior reconhecimento, pois precisamente ela é a discípula perfeita que obedeceu em tudo à vontade de Deus. Que a Virgem Mãe nos ajude a viver sempre em comunhão com Jesus, reconhecendo a obra do Espírito Santo que age n’Ele e na Igreja, regenerando o mundo para a vida nova. 

Papa Francisco – 10 de junho de 2018

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