Amado nasceu em
Grenoble (França) entre 565 e 570. Foi seu pai um certo Eleodoro, um nobre
romano.
Em 581 entrou para o
mosteiro de Agaune, ali foi também ordenado sacerdote e ali também permaneceu
durante 30 anos, antes de se tornar eremita. Sua imagem é representada geralmente
em companhia dum corvo. É a lembrança de um incidente ocorrido quando o santo
se encontrava ainda no mosteiro de São Maurício, em Agaunum, na Suíça. O
superior tinha-o autorizado a viver numa caverna, à porta da qual um monge
chamado Berin, ia duas vezes por semana, colocar um pote de água e um pão de
cevada. Um dia apareceu na caverna um corvo que entornou o pote e levou o pão,
obrigando o eremita a jejum prolongado. Amado começou então a cultivar um
campinho de cevada e a abastecer-se de água numa fonte vizinha.
Já assim vivia há três anos quando o mosteiro recebeu a visita de Santo Eustácio, abade de Luxeuil, que regressava de uma viagem em que se tinha avistado com São Columbano, em Bóbio. Todos sabem como era severa a regra seguida pelos monges de Luxeuil. Em certas noites de Inverno, chegavam a recitar 75 salmos em matinas. Seduzido pela descrição que o visitante lhe fez das austeridades de Luxeuil, Amado deixou o vale do Ródano e acompanhou Eustácio. De tempos em tempos, saía do mosteiro a evangelizar as populações idólatras das regiões austrasianas. Em Metz converteu um antigo conde palatino da corte de Teodeberto II, chamado Romarico.
Amado fundou, com
Romarico, perto de Habend, na região dos Vosges (França) um mosteiro, mas
recusou-se a assumir o cargo de Abade, que foi ocupado por Romarico.
Fundou igualmente
um mosteiro para mulheres e nomeou Macteflede Abadessa, estabeleceu para as
monjas o costume do oficio perpétuo. Divididas em sete coros, como os anjos, as
religiosas sucediam-se umas às outras, dia e noite, no canto do saltério, por
forma que nunca se interrompesse o louvor divino.
Pouco depois
retirou-se novamente numa gruta para onde lhe desciam a comida por uma corda, e
só subia à superfície nos sábados e domingos, a fim de assistir aos ofícios
divinos e pregar às duas comunidades.
Amado morreu um 13
de Setembro de 627, e foram bastante numerosos os milagres após a sua morte. Os
seus restos mortais foram transladados para o interior da igreja de Santa
Maria, onde receberam a veneração dos fiéis.
Desde 670 a sua
festa é celebrada a 13 de Setembro. São Leão IX procedeu ao reconhecimento das
relíquias a 3 de Dezembro de 1049.
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