“Tudo aquilo que fazemos com os nossos
corações afeta o universo inteiro”
A Beata
Francisca Schervier irradiou a beleza caminhando pelas ruas de Aachen, na
Alemanha na década de 1850, onde se dedicava completamente em reconhecer Deus
no rosto dos pobres e dos sofredores para servi-los. Como São Francisco de
Assis, servia com ardor as pessoas mais necessitadas.
Francisca
nasceu em 1819, filha de um grande proprietário e herdeira de uma fábrica de
agulhas em Aachen- Alemanha. Porém percebeu rapidamente os problemas dos grupos
marginalizados na sociedade industrial emergente de sua cidade. O status social
de sua família não a impediu de sair das convenções de seu tempo. Ela cuidou da
habitação das famílias que trabalhavam na fábrica de seu pai, preocupou-se com
o ensino regular dos filhos dos operários, providenciou uma cozinha para
fazer sopa para os doentes com cólera e varíola.
Observando
os moradores de seu bairro, ela percebeu que muitas pessoas, inclusive
crianças, trabalhavam em condições precárias nas fábricas e que eram muitas as
que viviam na pobreza. Essa experiência na adolescência modelou a sua
vida. Como era uma jovem devotada à oração, ela ousou sonhar em se dedicar
a ajudar os pobres e os doentes da sua cidade. E escreveu: “Senti
arder em mim a chama de um grande amor ao próximo”. Ela não se deixava desanimar por nenhum
cansaço nem pelo temor diante das dificuldades, e encontrou ajuda para sua obra
em um sacerdote de sua paróquia.
Em
Pentecostes de 1845 Francisca Schervier, fundou juntamente com algumas
companheiras a Congregação das Irmãs Pobres de São Francisco e mais tarde
ajudou o professor João Felipe Hoever a fundar a Congregação dos Irmãos dos
Pobres de São Francisco.
Francisca ouviu as palavras de Jesus: "Você deve curar minhas feridas e salvar almas". A partir de então ela foi ao encontro dos mais pobres e necessitados, cuidando das feriadas prisioneiros e prostitutas, acompanhou e aconselhou aqueles que eram condenados à morte, mesmo com alguns confrontos com clérigos que criticavam uma irmã de caridade fazer este tipo de trabalho.
Logo a comunidade de Madre Francisca assumiu inteiramente o carisma franciscano. Como uma criança, Francisca foi profundamente tocada pela vida e missão de São Francisco. Ele viveu bem sua juventude, despreocupado, e possuía uma vida segura, porém, ao encontrar com os pobres sentiu um profundo desejo de uma vida mais significativa. Francisco ficou fascinado pelo evangelho pelo Evangelho de Jesus.
Trabalhando
entre os pobres, Francisca Schervier foi se tornando cada vez mais radicalmente
consciente de como Deus a estava conduzindo e às suas companheiras a se tornarem
instrumentos de cura, compaixão e esperança. Francisca foi chamada a dedicar-se
e à sua congregação, ao ministério de cura. Esse dom permeou todo o seu ser,
profundamente. Ela escreveu: "Nos pobres e nos sofredores
reconheci meu Divino Salvador como se O houvesse visto com meus próprios olhos.”
Em sua Autobiografia, a Bem-Aventurada Francisca escreveu: “Contemplando a cruz, pareceu-me haver compreendido que deveria dedicar-me inteiramente ao Senhor através de ativas obras de misericórdia. Senti arder em mim a chama de um santo amor ao próximo. Senti um grande desejo de ir procurar o Senhor nos pobres, doentes e sofredores, para amá-los. Pareceu-me ver o Senhor em pessoa nos pobres e nos doentes, e senti-me mais do que feliz em poder cuidar Dele, servindo-os.”
Apesar
desta atividade dinâmica, Maria Francisca sabia encontrar tempo para se dedicar
à oração, a meditação, a visita diária ao Santíssimo Sacramento, o cultivo de
uma terna e filial devoção a Mãe de Deus.
Era
suave para com todos e severa consigo mesma; praticava mortificações e
penitências, tinha grande respeito pelos sacerdotes. Suportou com resignação
cristã a última enfermidade que aprimorou sua alma e a fez digna da glória.
Francisca Schervier viveu uma vida única de santidade e serviço. Foi beatificada no dia 28 de abril de 1974, pelo Papa Paulo VI.
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