A
santa que foi empregada doméstica Padroeira dos necessitados e do ensinamento
dos valores cristãos.
Nascida
em 1811, seu nome de batismo era Benedita Rossello. Nasceu na Itália, num lugar
chamado Albisola Marina, região de Liguaria, pertencente à Diocese de Savona.
Ela foi uma dentre nove irmãos e era filha de um porteiro. Conheceu a pobreza e
a necessidade desde cedo. Por isso, sofreu com pouca saúde durante toda a sua
vida.
Apesar
das dificuldades, Benedita Rossello viveu sua infância, adolescência e
juventude cultivando a piedade, a fé, o espírito de caridade e de oração. Um
pouco disso foi herdado de sua família. Porém, grande parte de seu espírito de
caridade foi cultivado por ela mesma, pois, conhecendo a pobreza, ela tinha a
capacidade de se colocar no lugar dos outros, ou seja, ela praticava a
compaixão.
Por
causa de seu espírito de caridade e fé, quando jovem, tentou entrar em algumas
Ordens Religiosas. Porém, foi recusada por causa de sua pouca saúde e também
porque não tinha condições de oferecer um dote, como era o costume no tempo em
que ela viveu. Seu testemunho, porém, foi razão de mudanças nas Ordens
Religiosas mais tarde.
Aos
19 anos, para poder sobreviver e ajudar sua família com alimentação e
vestuário, além do pai doente, Benedita Rossello foi trabalhar como empregada
doméstica na casa do casal Monleone, que não conseguiu ter filhos. Ela tinha
por volta de 19 anos e viveu ali durante sete anos. O casal era cheio de fé e
gostava muito de Benedita. Quando o Sr. Monleone faleceu, a viúva pediu para
Benedita ficar com ela para sempre e prometeu dar a ela toda a sua herança.
Benedita, porém, recusou, sabendo de sua vocação para vida religiosa. Resignada,
a viúva resolveu ajuda-la oferecendo o dote. Isso permitiu a Benedita entrar na
Ordem Terceira do ramo feminino dos Franciscanos.
Ao
entrar na Ordem Terceira, Benedita escolheu seu nome religioso: Maria Josefa
Rossello. Josefa por causa de sua grande devoção a São José. Logo, a Irmã Maria Josefa descobriu que
tinha o dom de ensinar a fé às crianças. A Ordem, percebendo este dom,
incentivou seu trabalho. Pouco tempo depois, o bispo diocesano também percebeu
a grande habilidade de irmã Maria e, em 1837, chamou-a, junto com mais três
jovens com as mesmas habilidades e deu a elas uma casa simples, com três salas
que seriam destinadas às aulas de catequese, primeiramente, só a meninas.
O
trabalho começou a dar frutos. Logo, a casa começou a ficar sempre cheia de
crianças e adolescentes e não só meninas, mas também os meninos começaram a
frequenta-la, obtendo grandes frutos para suas vidas e de suas famílias. A Obra
de Deus e a vocação de Irmã Maria Josefa Rossello se confirmavam dia a dia e
todos ficavam admirados com o dom que Deus lhe dera.
Algum
tempo depois, a Irmã Maria Josefa fundou ali, com o apoio do bispo, o Instituto das Filhas da Misericórdia.
Um Instituto destinado a ensinar crianças, adolescentes e jovens carentes e
enfermos. Ou seja, um Instituto
destinado a acolher e a ensinar os rejeitados da sociedade, oferecendo a eles a
chance de um futuro melhor. Ali, qualquer moça era aceita para ser membro do
instituto e não lhe era exigido nenhum tipo de dote. A Irmã Maria Josefa
atuou como superiora do instituto durante 40 anos.
Vendo
os frutos do Instituto na sociedade, vários bispos e padres, de vários lugares,
pediram a abertura do Instituto das Filhas da Caridade. Por isso, muitas casas
foram abertas na Europa. Em 1875 foi aberta uma casa em Buenos Aires,
Argentina, a primeira casa das Américas.
Todos
testemunhavam a santidade de vida da Irmã Maria Josefa. Sua humildade no trato com as irmãs, sua caridade com as crianças,
adolescentes e jovens. Ela desenvolvia amizades profundas com esses
adolescentes, permitindo que eles se sentissem pessoas especiais e
profundamente amadas. Isso fazia toda a diferença em suas vidas, dando-lhes
sentido, confiança, dignidade e futuro. Santa Maria Josefa Rossello
dedicava também grande parte de sua vida à oração, de onde ela tirava o
alimento e o sustento de toda a sua vida. Por isso, seu bispo permitiu que ela
encorajasse a vocação religiosa em suas casas. Delas, saíram vários sacerdotes
e religiosas, que serviram com santidade à Igreja.
Santa
Maria Josefa Rossello faleceu no dia 7 de dezembro de 1888, na cidade de Savona
e logo começou a ser venerada pelas irmãs e pelos fiéis como santa. O povo
começou a pedir graças por sua intercessão e as graças começaram a acontecer.
Assim, em 12 de junho de 1949 ela foi canonizada pelo Papa Pio XII.
Oração
“Bendito
sejais, Deus onipotente, que concedestes grande santidade a vossa serva santa
Maria Josefa Rossello. E pela intercessão de Santa Maria Josefa, concedei-nos,
Senhor, a graça que humildemente vos pedimos... (fazer o pedido) Por
Jesus Cristo, Senhor nosso, amém. Santa Maria Josefa, rogai por nós.”
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