Não foram muitos os senadores
romanos que colocaram em risco não só o tipo de vida que levavam, luxo, poder e
riqueza, mas também a própria vida por abraçarem a fé em Cristo, da qual o
Império era inimigo ferrenho.
O senador Apolônio gozava de
enorme prestígio entre os poderosos da cidade e do Império no ano 180. Era
considerado um intelectual muito bem informado e formado, inteligente, além de
ter reputação de grande orador, tudo isso aliado ao fino trato social que o
distinguia dos demais. Pois foi justamente sua cultura e sabedoria que fizeram
com que começasse a ler o Novo Testamento, vindo a mudar de opinião quanto ao
cristianismo, e passasse a imitar a vida austera e exemplar dos cristãos.
Acabou fazendo contato pessoal com o papa Eleutério, que o catequizou e batizou
pessoalmente.
O imperador da época era
Cômodo, um indivíduo até indulgente para com os católicos, mas as leis que
vigoravam ainda eram as editadas por Nero. Sabendo disso, seus inimigos, que,
segundo os registros escritos, tinham, na verdade, inveja do respeito com que
ele era tratado na sociedade romana, denunciaram o senador Apolônio como
cristão, e ele foi levado à presença do juiz Perenis.
O juiz, conhecedor dos
talentos de Apolônio, propôs que ele apenas renunciasse à condição de cristão e
pronto, estaria em liberdade. Mas o recém-batizado, em resposta, pregou com
tanta seriedade e entusiasmo, que quase converteu ali mesmo outros membros do
governo e do parlamento. Percebendo o perigo que o Império corria, o juiz
rapidamente determinou a sentença de morte.
Mas não adiantou muito, mesmo
depois de ter a cabeça decepada, a postura do mártir Apolônio levou durante
muito tempo centenas de cidadãos romanos a se converterem ao cristianismo, entusiasmando
os próprios integrantes do poder pagão dos idólatras.
Santo Apolônio morreu no ano
185 e o Martirológio Romano celebra sua veneração litúrgica no dia 21 de abril.
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