Irmãos,
quando tenho de cumprir os deveres do meu cargo episcopal, descubro que sou
fraco e covarde, carregado com a fragilidade da minha própria condição, embora
deseje agir com generosidade e coragem. No entanto, bebo a minha força na
intercessão incansável do Sacerdote todo-poderoso e eterno que, semelhante a
nós mas igual ao Pai, humilhou a sua divindade até ao nível do homem e elevou a
humanidade até ao nível de Deus, encontrando uma justa e sã alegria nas
disposições que Ele tomou. Com efeito, delegando em numerosos pastores o
cuidado do seu rebanho, Ele não abandonou a guarda das suas ovelhas bem-amadas.
Graças a esta assistência fundamental e eterna, recebi eu mesmo a proteção e o
apoio do apóstolo Pedro, que também não abandona as suas funções. Este sólido
alicerce, sobre o qual se eleva a Igreja em toda a sua altura, não se cansa
nunca de sustentar a massa do edifício que sobre ele repousa.
A firmeza desta fé, pela qual o primeiro dos
apóstolos foi louvado, nunca desfalece. Assim como permanece tudo o que Pedro
professou, de igual modo permanece o que Cristo estabeleceu em Pedro, e
permanece a disposição querida pela vontade de Deus. São Pedro persevera na
solidez que recebeu: não abandonou o leme da Igreja, que foi deixado nas suas
mãos. Eis, meus irmãos, o que obteve aquela profissão de fé inspirada por Deus
Pai ao coração do apóstolo: este recebeu a solidez de uma pedra que nenhum
assalto pode deslocar. Em toda a Igreja, Pedro proclama dia após dia: «Tu és o
Messias, o Filho de Deus vivo».
São Leão Magno (Papa) – século V
Hoje celebramos:
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