quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

21 de fevereiro - Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. Lc 11,29


Toda a história de Jonas nos revela como uma prefiguração perfeita do Salvador. Jonas desceu a Jafa para apanhar um barco com destino a Tarsis; o Senhor desceu do céu à terra, a divindade à humanidade, a Potestade soberana desceu até à nossa miséria, para embarcar no navio da Sua Igreja.

É o próprio Jonas que toma a iniciativa de se deitar ao mar: “Pegai em mim e lançai-me ao mar”; anuncia, assim, a paixão voluntária do Senhor. Quando a salvação de uma multidão depende da morte de um só, essa morte está nas mãos do homem que tem o poder de a atrasar, ou, pelo contrário, de a apressar, antecipando-se ao perigo. Todo o mistério do Senhor está aqui prefigurado. Para Ele, a morte não é uma necessidade; releva da Sua livre iniciativa. Escutai-O: “Ninguém me tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar” (Jo 10,18).

Reparai no enorme peixe, imagem horrível e cruel do inferno. Ao devorar o profeta, sente a força do Criador e oferece com medo, a este viajante vindo do alto, a permanência nas suas entranhas. E, três dias depois, dá-o à luz, para o dar aos pagãos. Foi este o sinal, o único sinal, que Cristo consentiu em dar aos escribas e aos fariseus (Mt 12,39), para lhes fazer compreender que a glória que esperavam lhes viesse de Cristo iria também voltar-se para os pagãos: os ninivitas são o símbolo das nações que creram n’Ele. Que felicidade para nós, meus irmãos! Nós veneramos, vemos e possuímos, face a face e em toda a Sua verdade, Aquele que tinha sido anunciado e prometido simbolicamente.

São Pedro Crisólogo – século V 

Hoje celebramos:


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