domingo, 18 de fevereiro de 2018

18 de fevereiro - São Teotônio


Teotônio, segundo a tradição,  nasceu em 1082, na aldeia de Tardinhade, perto de Valença do Minho. Foi confiado aos cuidados de seu tio, Crescêncio, bispo de Coimbra, e aprendeu as primeiras letras no mosteiro beneditino de Ganfei. Em seguida foi para Coimbra a fim de estudar humanidades e Teologia. Chamado para Viseu por um seu tio, Dom Teodorico, prior da Colegiada dos Cônegos Regrantes, recebeu nessa cidade a ordenação sacerdotal.

Tornou-se prior de Nossa Senhora de Viseu; melhorou aí a situação material e deu testemunho de vida que muito edificou o clero; falou muito pelo exemplo e foi excelente conselheiro espiritual para muita gente, a todos edificando. Usou de grande influência a favor do infante Afonso Henriques na luta pela independência contra sua mãe Dona Teresa.

Aceitou forçado esse cargo de prior. Para se desfazer desse cargo, empreendeu uma peregrinação a Jerusalém, onde aprendeu o desapego pelas coisas do mundo. Quiseram que ele fosse superior da comunidade dos Cônegos de Santo Agostinho em Jerusalém mas ele recusou, regressando a Portugal.  Ao voltar, deixou o priorado ao sacerdote Honório, que tomara a sua direção, durante a sua ausência.

Recusou o episcopado e entregou-se ao ministério da Palavra; no meio de um povo corrompido, deu, em muitas circunstâncias, provas de sua inviolável fidelidade à virtude da castidade.

Empreendeu segunda peregrinação a Jerusalém. Ao retomar, foi convidado pelo arcebispo de Coimbra a fundar naquela cidade uma nova congregação de frades agostinhos, aquilo que se veio a tornar o mosteiro de Santa Cruz, do qual Teotônio foi eleito primeiro prior. Aos 28 de junho de 1131, na presença do rei Dom Afonso I, que o tinha em grande estima, foi lançada a primeira pedra. Exerceu as suas funções, dando exemplo grandioso de virtudes, entre as quais sobressaía o sua humildade, austeridade e caridade para com os pobres. 

Por sua intercessão, o Senhor operava um grande número de prodígios. A sua proximidade com Dom Afonso Henriques tornou-o conselheiro espiritual do rei e da rainha, exortando-os à prática da caridade para com os vencidos nas batalhas e nos ataques aos castelos. Entre os seus amigos pessoais contava-se São Bernardo de Claraval.

Aos 70 anos de idade, em 1152 renunciou ao priorado de Santa Cruz e, em 1153, ao bispado de Coimbra, para que tinha sido convidado pelo Papa. Morreu em 1162 e a sua partida para a casa do Pai foi acompanhada, segundo a tradição, de sinais no céu e de prodigiosos milagres. Foi canonizado um ano após a sua morte.

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