sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

09 de fevereiro - Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. Mc 7,33

A força divina que o homem não pode tocar desceu, envolveu-Se num corpo palpável, para que os pobres Lhe tocassem, e, tocando a humanidade de Cristo, percebessem a Sua divindade. Através de dedos de carne, o surdo-mudo sentiu que lhe tocavam nas orelhas e na língua. Através de dedos palpáveis, percebeu a divindade intocável, quando o nó da sua língua foi quebrado e as portas fechadas das suas orelhas foram abertas. Porque o arquiteto e o artesão do corpo veio até ele e, com uma palavra suave, criou sem dor aberturas nas orelhas surdas; então, também a boca fechada, até então incapaz de dar vida à palavra, proclamou ao mundo o louvor d’Aquele que desta forma deu fruto à sua esterilidade.

Do mesmo modo, o Senhor fez lama com a Sua saliva e ungiu os olhos do cego de nascença (Jo 9, 6), para nos fazer compreender que lhe faltava algo, como ao surdo-mudo. Uma imperfeição inata da nossa dimensão humana foi suprimida graças ao fermento que vem do Seu corpo perfeito. Para completar o que faltava a estes corpos humanos, deu algo de Si mesmo, da mesma maneira que Se dá a comer [na Eucaristia]. É por este meio que faz desaparecer os defeitos e reanima os mortos, para que possamos reconhecer que, graças ao Seu corpo «onde habita toda a plenitude da divindade» (Cl 2, 9), os defeitos da nossa humanidade são ultrapassados e a verdadeira vida é dada aos mortais por este corpo onde habita a verdadeira vida.

Santo Efrém – século IV

Hoje celebramos:
Santa Apolônia
Beata Ana Catarina Emmerick

Nenhum comentário:

Postar um comentário