Após
a cura do paralítico, vem o apelo do cobrador de impostos aos mistérios de
Cristo. Cristo ordena-lhe que O siga, não por uma diligência física do corpo,
mas pela mudança do coração. E este homem, que até então obtinha lucro com
mercadorias, que explorava duramente o cansaço e os perigos dos marujos, deixa
tudo ao ouvir aquele apelo. Ele, que se apoderava dos bens dos outros, abandona
os seus próprios bens e, deixando o seu ignóbil posto de cobrança, segue o
Senhor com toda a sua alma.
E prepara um grande festim: pois aquele que
recebe Cristo na sua morada interior fica saciado de um enorme bem-estar, de
uma alegria superabundante. Quanto ao Senhor, entra de boa vontade na sua casa
e senta-Se à mesa preparada com o amor daquele que acreditou.
Mas eis que se acende a malevolência dos
incrédulos, e subitamente revela-se a diferença entre os discípulos da Lei e os
discípulos da graça. Obedecer à Lei é sentir num coração em jejum uma fome sem
remédio; acolher o Verbo, a Palavra de Deus, na intimidade da alma é ficar
renovado pela abundância da fonte e dos alimentos eternos. É nunca mais ter
fome nem sede (Jo 6,35).
Santo Ambrósio – século IV
Hoje celebramos:
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