terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

20 de fevereiro - O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Mt 6,11


Estas palavras podem entender-se no sentido espiritual e no sentido literal: no desígnio de Deus, as duas interpretações devem contribuir para a nossa salvação.

O nosso pão de vida é Cristo, e este pão não está acessível a toda a gente, mas a nós sim. Tal como dizemos “Pai Nosso” porque Ele é o Pai dos que têm fé, também chamamos a Cristo o “nosso pão” porque Ele é o pão dos que constituem o seu corpo. Para obter este pão, rezamos todos os dias; não queremos ser, pelo pecado grave, privados do pão do céu, separados do corpo de Cristo, Ele que proclamou: “Eu sou o pão vivo que desceu dos céus; quem come deste pão, viverá para sempre. E o pão que Eu vos darei é a Minha carne para a vida do mundo” (Jo 6, 51).  O Senhor advertiu-nos: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6, 53). 

Pedimos, portanto, para receber todos os dias o nosso pão, ou seja Cristo, para permanecermos e vivermos em Cristo, e não nos afastarmos da Sua graça e do Seu corpo.

Também podemos compreender este pedido da seguinte maneira: renunciamos ao mundo; pela graça da fé, rejeitámos as suas riquezas e as suas seduções; pedimos apenas o alimento. Aquele que se torna discípulo de Cristo e renuncia a tudo segundo a palavra do Mestre (Lc 14, 33) deve pedir o alimento de cada dia e não se preocupar a longo prazo. O Senhor disse: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações; basta a cada dia o seu trabalho” (Mt 6, 34). O discípulo pede, portanto, com razão o seu alimento de cada dia, uma vez que está proibido de se preocupar com o dia seguinte.      

São Cipriano – século III

Hoje celebramos:


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