Madre
Clara Szczęsna foi adornada de virtudes heroicas e era um autêntico exemplo de
amor a Jesus e ao seu Coração misericordioso. Uma de suas coirmãs testemunha:
“A nossa Madre nos iluminava com as suas virtudes e, sobretudo, nos edificava
com a piedade e a humildade”. Outra Irmã, que a sucedeu na direção geral da
Congregação, Madre Ignacia, afirma que a sua atitude era fundada em uma fé
robusta, herdada da sua família, em uma viva esperança, que se manifestava na
calma e na submissão à vontade de Deus, e no amor, que se evidenciava no zelo
pela glória de Deus e na solicitude do serviço ao próximo”.
Cardeal
Ângelo Amato – 27 de setembro de 2015
Ludovica
Szczęsna nasceu em 18 de julho de 1863, em Cieszki, na diocese polonesa de
Płock, a última de seis filhos de uma família pobre, mas piedosa. Sua mãe
a levava sempre para rezar diante da uma imagem de Nossa Senhora milagrosa. Com
17 anos, rejeitou a proposta de casar. Em agosto de 1885, participou de um
retiro em Zakroczym, pregado pelo capuchinho Frei Onorato Koźmiński, hoje
Beato. No mês seguinte, entrou para a Congregação clandestina das Servas de
Jesus.
Em
1889, depois de um período de treinamento em Varsóvia, ainda noviça, foi
enviada para Lublin como superiora da casa. Oficialmente, dirigia uma
alfaiataria, mas, secretamente, exercia seu apostolado entre as jovens que
buscavam trabalho.
Durante
uma inspeção da polícia do regime czarista, fortemente hostil à religião
católica, foi encontrado um livro de catecismo. Por isso, sendo considerada
culpada, foi obrigada a deixar imediatamente a cidade. Seu diretor espiritual, Padre Antônio Nojszewski, ao se
despedir dela, a aconselhou a difundir, por toda parte, o culto ao Sagrado
Coração de Jesus.
Ao
voltar para Varsóvia, vivia no temor de cair novamente sob o controle da
polícia. Desta forma, Clara Ludovica experimentou, pessoalmente, discriminações
e hostilidades do regime czarista contra os católicos poloneses, durante a
ocupação russa. No entanto, o Bispo José Sebastião Pelczar, hoje venerado como
santo, pediu ao Frei Honorato para enviar uma Irmã como diretora do asilo das
empregadas domésticas, em Cracóvia.
Clara
Ludovica foi escolhida com uma noviça e uma postulante. Durante o trabalho, as
religiosas tentaram formar espiritualmente as domésticas com muito proveito, a
ponto de algumas se tornarem consagradas.
Clara
Ludovica foi co-fundadora da Congregação das Servas do Sagrado Coração de
Jesus, fundada em 15 de abril de 1894, da qual foi superiora por 22 anos, até
falecer em Cracóvia, em 7 de fevereiro de 1916.
A oração, a participação à Santa Missa, a
comunhão, a adoração eucarística, a confissão frequente, a direção espiritual e
uma fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. O seu lema, “Glória ao
Sagrado Coração de Jesus”, não era uma simples jaculatória, mas um verdadeiro
programa de vida. Ele sempre quiser ser uma autêntica “Serva do Sagrado Coração
de Jesus”, cuja imagem era bordada no seu hábito. Ela tinha também uma grande
caridade. Nutria profundo amor materno com as suas coirmãs. Era disponível a acolhê-las,
aconselhar, ajudar e acompanhar nas enfermidades. Repleta de amor por Deus,
Madre Clara jamais deixava de mãos vazias os pobres, para os quais dedicou um
refeitório, que ainda hoje existe”.
Às Servas do Sagrado Coração de Jesus, às
suas coirmãs e a todos nós a Beata Clara propõe a cuidadosa exortação do
apóstolo São João: “Filhinhos, não amemos somente com palavras, mas com atos e
na verdade”. Com efeito, é a caridade que transforma os corações e as mentes
dos seres humanos por uma sociedade mais fraterna, acolhedora e misericordiosa,
Logo, a mensagem que a nova Beata nos deixa, neste dia de festa, é a caridade.
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