Jesus reza: “Elevou
os olhos ao céu, orou”. Jesus rezou por todos, não orou só pelos discípulos que
estavam à mesa com ele, mas por todos. Com efeito, escreve João: “Não rogo só
por estes, mas também por aqueles que crerem em mim, através da sua palavra”.
Isto quer dizer, que Cristo reza por nós: orou por mim, por ti e por cada um de
nós.
E não cessou: Jesus
continua a fazê-lo no céu, como intercessor. É importante compreender o que Jesus
pede neste momento ao Pai: “Para que todos sejam um só; como tu, Pai, estás em
mim e eu em ti”, que também eles estejam em nós. Com efeito, Ele crê e reza
pela unidade, pela unidade dos crentes, das comunidades cristãs. Mas pensa numa
unidade como é aquela que ele tem com o Pai, e o Pai com ele: uma unidade
perfeita. E assim conclui a sua prece, segundo o Evangelho de João: “Para que o
mundo creia que tu me enviaste”.
Eis porque a unidade
das comunidades cristãs e das famílias cristãs é o testemunho de que o Pai
enviou Jesus. Estou consciente de que uma das coisas mais difíceis talvez seja
chegar à unidade numa comunidade cristã, numa paróquia, num episcopado, numa
instituição cristã, numa família cristã. Infelizmente, a nossa história, a
história da Igreja faz-nos envergonhar muitas vezes: fizemos guerras contra os
nossos irmãos cristãos, pensemos numa, na guerra dos trinta anos.
Mas Jesus diz outra
coisa: “Se os cristãos fazem guerra entre si é porque o Pai não enviou Jesus,
não há testemunho”. Por nossa vez, devemos pedir muito perdão ao Senhor por
esta história; uma história muitas vezes de divisões e não só no passado mas
também hoje. E o mundo vê que estamos divididos e diz: “Que eles se ponham de
acordo, depois veremos, mas como, Jesus ressuscitou e está vivo, e os seus discípulos
não se põem de acordo?”. Nem sequer na Páscoa estamos unido. A tal ponto que, certa
vez, um cristão católico perguntava a um cristão do Oriente, também ele
católico: “O meu Cristo ressuscita depois de amanhã, e o teu quando?”
É preciso dirigir-se
ao Senhor a fim de que nos dê a graça, o dom que faz a unidade: o Espírito
Santo. Que Ele nos conceda este dom que faz a harmonia, porque Ele é a
harmonia, a glória das nossas comunidades. E que nos dê a paz, mas com a
unidade. Por isso, peçamos a graça da unidade para todos os cristãos, a grande
graça e a pequena graça de cada dia para as nossas comunidades e famílias. E
inclusive a graça de pôr o freio na língua!
Papa
Francisco – 12 de maio de 2016
Hoje celebramos:
Santo Pascal Baylon
Santa Julia Salzano
Beata Antonia Mesina
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Beata Antonia Mesina
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