Viborada nasceu em
data incerta, no fim do século IX, em uma nobre família alemã da região de
Turgovia, atual cantão da Suíça.
Graças a seus
conselhos, seu irmão Ito tornou-se sacerdote da Igreja de São Magno, e mais
tarde monge em São Galo. Viborada transformou sua casa em um hospital para os
doentes pobres que seu irmão lhe trazia.
Tendo ficado órfã,
retirou-se como solitária em uma cela próxima da Igreja de São Jorge, onde
permaneceu de 912 a 916, dedicando-se à oração e aos exercícios ascéticos,
preparando-se para a vida de reclusa. No ambiente ocidental, esta prática de
ascetismo feminino continuava a vida eremítica dos primeiros séculos. A reclusa
vivia geralmente próxima de uma comunidade monástica, da qual recebia um pouco
de alimento e assistência espiritual.
Em 916, Viborada
foi enclausurada numa cela junto da Igreja de São Magno, sob a orientação do
Bispo-abade de São Galo, Salomão III (890-920). Ela foi certamente uma das
primeiras eremitas cuja existência é comprovada historicamente. Viveu nestas
condições por 10 anos, dedicada à oração e ao ascetismo, ocupando-se também de
trabalhos de encadernação para a biblioteca da abadia.
Sendo dotada do dom
da profecia, muitos eram atraídos por sua austeridade e bons conselhos. O Bispo
Ulrico de Augusta (923-973) buscou seu conselho numa situação controvertida com
a comunidade de São Galo. Em outra ocasião, aconselhou o Abade Engilberto
(925-933) a pôr a salvo os monges e os tesouros da Abadia de São Galo, pois
profetizava a invasão dos húngaros.
No início de 926,
devido às suas continuas admoestações, os manuscritos mais preciosos foram
transferidos para o mosteiro de Reichenau, no Lago de Constança.
A 1º de maio de
926, os húngaros invadiram a região da Abadia de São Galo. Sobre o túmulo de
São Galo fora edificada uma igreja, e por volta do ano 720 o padre alemão
Othmar (Osmano ou Osmar) construiu uma abadia no local, dando a ela o nome do
Santo. A abadia tornou-se custódia dos restos mortais daquele Santo e de seu
culto.
Viborada
recusara-se a deixar sua ermida e foi morta pelos invasores. Foi solenemente
sepultada a 8 de maio, no local em que vivera reclusa. Vinte anos depois, em
946, os seus restos mortais foram transferidos para a Igreja de São Magno.
Santa Viborada foi
canonizada nos primeiros dias de janeiro de 1047 pelo Papa Clemente II, na
presença do Imperador da Alemanha Henrique III.
Na iconografia, a
Santa é representada com o hábito de monja beneditina, cuja regra era seguida
pelos monges da Abadia de São Galo, com um livro que simboliza o dom da
profecia, e uma alabarda, instrumento com que foi torturada e morta pelos
invasores pagãos.
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