Maria Domingas
nasceu no dia 09 de maio de 1837, em Mornese (Alessandria). Foi a primeira de
dez filhos. Desde muito cedo, Main – apelido de Maria Mazzarello– ajudou a
cuidar de seus irmãos menores e dos afazeres domésticos.
Começou
a frequentar as aulas de catecismo e a sobressair-se. Em 1850, fez a
primeira comunhão. Ajudava seu pai no trabalho dos vinhedos e já se notava nela
forte caráter e espírito de liderança.
Na família foi
formada numa piedade sólida, numa laboriosidade incansável e grande senso
prático e profundidade de discernimento que manifestou depois, também como
Superiora.
Aos 15 anos,
inscreveu-se na Associação das Filhas de Maria Imaculada e se abriu para o
apostolado em meio às meninas do lugar.
Quase todos os
dias, bem cedo, Maria percorria um íngreme caminho para participar da missa. No
inverno, esse percurso ficava ainda mais difícil, devido ao frio e à neve.
Em 1860, o tifo se
abateu sobre o povoado de Mornese. A família dos tios de Main foi uma das
primeiras a contrair a doença. Maria foi ajudá-los, mesmo sabendo que poderia
adoecer, o que realmente aconteceu.
A grave doença do
tifo, contraída aos 23 anos, teve nela uma forte ressonância espiritual: se,
por um lado, a experiência da fragilidade física tornou mais profundo o seu
abandono em Deus, por outro lado a impeliu a abrir uma oficina de costura para ensinar
às meninas o trabalho, a oração e o amor de Deus.
Certa vez, ao
caminhar pela colina de Bargo Alto, viu diante de si um alto edifício com
muitas meninas correndo, brincando num grande pátio interno e ouviu nitidamente
estas palavras: “Tome conta destas meninas! A ti as confio!”
As famílias de
Mornese começaram a mandar-lhe as filhas e as aulas de costura tornaram-se
aulas de treinamento na virtude. Um dia, um senhor viúvo, entregou-lhe suas
filhas para que as educasse. Assim, a oficina passou a ser um novo lar para as
várias meninas, que viam em Maria sua segunda mãe. Aos domingos, após a missa,
na praça da igreja, outras crianças se uniam a Maria e a Petronilla, para
brincar e divertir-se.
Em 1864, Dom Bosco
chegou a Mornese com seus meninos, e ao encontra-lo ela disse: “Dom Bosco é um
Santo, e eu sinto isso!”.
Em 1872, Dom Bosco
escolheu-a para dar início ao Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.
Como Superiora,
revelou-se hábil formadora e mestra de vida espiritual; tinha o carisma da
alegria serena e tranquilizadora, irradiando contentamento e atraindo outras
jovens para se dedicarem à educação da mulher.
O Instituto
progrediu rapidamente. Ao morrer, ela deixou às suas filhas uma tradição
educativa toda permeada de valores evangélicos: a busca de Deus conhecido
através de uma catequese esclarecida e de um amor ardente, a responsabilidade
no trabalho, a franqueza e a humildade, a austeridade de vida e a alegre doação
de si.
Morreu em Nizza
Monferrato, no dia 14 de maio de 1881. Seus restos mortais são venerados na
Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim.
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