sexta-feira, 6 de abril de 2018

06 de abril - Santa Gala


Gala era filha do Consul Aurélio Memmio Simmaco, membro do senado, um inteligente e virtuoso patrício de Roma, que por muitos anos foi conselheiro do Rei Teodorico, que entretanto o fez matar em Ravena (525) sob infundadas suspeitas de traição. Santa Gala foi entregue como esposa a um jovem patrício de quem não se conhece o nome. Tendo enviuvado um ano depois, embora fosse estimulada pelos parentes a contrair novas núpcias, preferiu se consagrar a Deus, inicialmente no exercício das obras de misericórdia e depois se retirando em um mosteiro nas proximidades da basílica vaticana de São Pedro.

Ali viveu, afirma São Gregório Magno, muitos anos “na simplicidade do coração, dedicada à oração, distribuindo grandes esmolas aos pobres”. A decisão da jovem suscitou uma salutar impressão em Roma e se difundiu largamente. Da Sardenha, onde se encontrava em exílio pela segunda vez, São Fulgêncio de Ruspe (que tinha tido ocasião de conhecer a família da santa em Roma) lhe enviou uma belíssima carta, quase um pequeno tratado em 21 capítulos ("De statu viduarum”), no qual a confirma na decisão tomada e lhe dá conselhos ascéticos.

Antes de morrer a santa teve uma visão do apóstolo São Pedro, convidando-a ao céu. São Gregório se refere a esta visão em seus Diálogos, no livro IV, que tem por meta demonstrar a imortalidade da alma por meio de aparições ou visões ocorridas com almas eleitas. Segundo a tradição, a Virgem teria aparecido à santa enquanto fazia uma de suas obras de caridade. A milagrosa aparição é recordada em uma apreciada pintura do século XI na igreja de Santa Maria em Portico in Campitelli. Esta pintura é considerada milagrosa e era levada em procissão em tempos de peste. 

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