O sentido da vida
de João Batista é indicar um outro: Jesus. Um homem que foi grande e acaba como
um pobre, uma voz sem palavra, porque a Palavra não é ele, é um outro.
Nunca, nunca, São João
tomou uma verdade como própria, não quis ser ideólogo. É o homem que se negou a
si mesmo, para que a Palavra venha. Nós, como Igreja, podemos pedir hoje a
graça de não nos tornarmos uma Igreja ideologizada, mas sigamos o exemplo do
santo que nunca se julgou “dono da palavra”.
João parece não ser
nada. Esta é a vocação de João: tornar-se nada. Quando contemplamos a vida
deste homem, tão grande, tão poderoso – todos acreditavam que ele era o Messias
-, quando vemos esta vida, como se anula até à escuridão de uma prisão,
contemplamos um grande mistério.
A Igreja existe
para proclamar, para ser voz de uma Palavra, do seu esposo que é a Palavra, e
existe para proclamar esta Palavra até ao martírio. Martírio precisamente às
mãos dos soberbos, dos mais soberbos da terra.
Papa
Francisco – 24 de junho de 2013
Hoje celebramos:
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