Sempre, quando nos
aproximamos do Senhor para pedir algo, devemos começar pela fé e fazê-lo na fé:
tenho fé que me podes curar, creio que tu podes fazer isto. É preciso ter a
coragem de o desafiar, como o paralítico de hoje.
Como rezo eu?
Quando preciso de algo, como o peço? Peço-o com fé ou como um papagaio?
Simplesmente repito: Senhor, preciso disto! ou tenho verdadeiro interesse por
aquilo que peço? Ou se vier, vem; caso contrário, é má sorte: não, isto não
funciona assim.
Com efeito, a
oração, quando peço algo, começa a partir da fé; mas se eu não tiver tanta fé,
posso dizer como aquele homem: “Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé que é
pouca”. Por isso, devemos começar a prece assim, e com aquela fé desafiar o
Senhor.
Mas muitas vezes há
dificuldades, como no trecho do Evangelho de hoje, chegam com o paralítico, com
o leito, e havia uma multidão dentro e fora da casa, não conseguiam
aproximar-se. Sem dúvida, se tivesse sido uma pessoa poderia abrir caminho e
ir, mas havia quatro pessoas com o leito: era impossível. Mas eles queriam que
o seu amigo fosse curado.
E também aquele
paralítico queria ser curado, e foram atrás da casa, subiram no telhado,
abriram uma fenda e fizeram descer o leito com o paralítico diante de Jesus:
que bonito presente! E Jesus, enquanto pregava, vê descer aquele homem, mas
eles queriam que o seu amigo fosse curado, queriam isto: havia uma dificuldade
e souberam ir além das dificuldades, procurar o modo de se aproximar de Jesus
com a fé que pode curar. E tiveram a coragem de procurar o modo.
Eis que é preciso
ter coragem para lutar e chegar ao Senhor, coragem para ter fé no início: “Se
quiseres, podes curar-me, se quiseres, eu creio”. E também coragem para me
aproximar do Senhor, quando existem dificuldades. É preciso ter aquela coragem:
muitas vezes é preciso ter paciência e saber esperar os tempos, sem desistir,
indo sempre em frente. Não teria sentido aproximar-me ao Senhor com fé e dizer:
Se quiseres, podes dar-me esta graça, e então, visto que depois de três dias a
graça não chega, pedir outra coisa e esquecer. É preciso ter coragem.
Papa
Francisco – 12 de janeiro de 2016
Hoje celebramos:
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