quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

05 de dezembro - Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer.Mt 15,32


A multidão segue Jesus para todo lugar, para escutá-lo e para levar-lhes os doentes. E vendo isso Ele se comove. Jesus não é frio, não tem um coração frio. Jesus é capaz de se comover. De um lado, Ele se sente ligado a essa multidão e não quer que vá embora; por outro, precisa de momentos de solidão, de oração, com o Pai. Tantas vezes passa a noite rezando com o seu Pai.

Ao cair da noite, Jesus se preocupa de dar de comer a todas as pessoas, cansadas e famintas, e cuida de quantos o seguem. E quer envolver nisso os seus discípulos. De fato diz a eles: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. E demonstrou a esses que os poucos pães e peixes que tinham, com a força da fé e da oração, podiam ser partilhados para todo aquele povo. Jesus faz um milagre, mas é o milagre da fé, da oração, suscitado pela compaixão e pelo amor. Assim, Jesus “partiu os pães e lhe deu aos discípulos e os discípulos à multidão”. O Senhor vai ao encontro das necessidades dos homens, mas quer tornar cada um de nós concretamente participantes da sua compaixão.

Agora nos concentrando no gesto da benção de Jesus: Ele tomou os pães e os peixes, elevou os olhos ao céu, recitou a benção, partiu os pães e lhes deu. Como se vê, são os mesmos gestos que Jesus fez na Última Ceia; e são também os mesmos que cada sacerdote faz quando celebra a Santa Eucaristia. A comunidade cristã nasce e renasce continuamente desta comunhão eucarística. Viver a comunhão com Cristo, portanto, está longe de permanecer passivos e estranhos à vida cotidiana, ao contrário, sempre mais nos insere na relação com os homens e as mulheres do nosso tempo, para oferecer a eles o sinal concreto da misericórdia e da atenção de Cristo.

O relato da multiplicação dos pães e dos peixes se conclui com a constatação de que todos se saciaram e recolheram os pedaços que sobraram. Quando Jesus, com a sua compaixão e o seu amor, nos dá uma graça, nos perdoa os pecados, nos abraça, nos ama, não faz as coisas pela metade, mas completamente. Como aconteceu aqui: todos ficaram satisfeitos. Jesus preenche o nosso coração e a nossa vida com o seu amor, com o seu perdão, com a sua compaixão.

Papa Francisco – 17 de agosto de2016

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