domingo, 9 de dezembro de 2018

09 de dezembro - Esta é a voz daquele que grita no deserto: 'preparai o caminho do Senhor. Lc 3,4


O compromisso de todos os cristãos é ser testemunhas de Jesus, encher a vida com aquele gesto que foi típico de João Batista: indicar Jesus.

É precisamente esta a vocação de João: ser testemunha. Uma vocação que se tornou ainda mais compreensível por alguns exemplos concretos. Com efeito, Jesus, disse que João era a lâmpada. Mas, ele era a lâmpada mas não a luz, o facho que indicava onde estava a luz, lâmpada que indica onde está a luz, dá testemunho da luz. Do mesmo modo, João era a voz, a ponto que ele mesmo diz de si: “Eu sou a voz que brada no deserto”. Mas não era a Palavra, de fato ele era a voz que dá testemunho da Palavra, indica a Palavra, o Verbo de Deus. Era apenas voz. E assim o Batista que era o pregador da penitência diz claramente: Depois de mim virá outro que é mais forte do que eu, ao qual não sou digno de atar as sandálias. E este vos batizará no fogo e no Espírito Santo. Resumindo: Lâmpada que indica a luz, voz que indica a Palavra, pregador de penitência e “batizador” que indica o verdadeiro “batizador” no Espírito Santo.

João, é o provisório e Jesus é o definitivo. Mas a grandeza de João consiste precisamente neste ser provisório, neste seu ser para. Um homem sempre com o dedo ali, a indicar outro. Com efeito, lê-se no Evangelho que «o povo se questionava se João era o Messias. E ele, claro: “Não sou eu”. E também quando os doutores, os chefes do povo lhe mandaram perguntar: Mas és tu ou devemos esperar outro? ele repetiu sempre: Não sou eu. Outro virá.

Por isso João é grande, porque se põe sempre de lado. Ele é grande porque é humilde e toma o caminho do abaixar-se, aniquilar-se, o mesmo que tomará Jesus em seguida. E também nisto oferece um grande testemunho: abre aquele caminho da aniquilação, do esvaziamento de si mesmo que foi o de Jesus.


Papa Francisco – 16 de dezembro de 2016

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