sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

07 de dezembro - Faça-se conforme a vossa fé. Mt 9,29


Quando é verdadeiramente cristã, a oração oscila entre a necessidade e a certeza de ser atendida, embora não se saiba exatamente quando. Quem reza não teme incomodar a Deus e nutre uma confiança cega em seu amor de Pai.

Confiança como a dos dois cegos do evangelho de hoje, que gritam atrás de Jesus para mostrar a sua necessidade de cura. Ou como o cego de Jericó, que invoca a intervenção do Mestre gritando mais alto que aqueles que o mandam calar a boca.

Não sei se isto soa mal, mas rezar é mais ou menos como incomodar a Deus até que ele nos escute. Mas é nosso Senhor quem diz: como o amigo à meia-noite, como a viúva diante do juiz… É atrair os olhos, atrair o coração de Deus para nós… E os leprosos que foram falar com ele também fizeram isto: ‘Se quiseres, podes me curar’. Eles agiram com um grau de certeza. É assim que Jesus nos ensina a rezar. Quando nós rezamos, pensamos às vezes: ‘Mas eu falo desta necessidade, eu falo para Deus uma, duas, três vezes, mas não com muita força. Depois me canso de pedir e me esqueço de pedir’. Eles não: eles gritavam e não se cansavam de gritar. Jesus nos diz: ‘Peçam’, mas também nos diz: ‘Batam à porta’. E quem bate à porta incomoda, perturba.

“Ele prometeu”: esta é a pedra angular em que se apoia a certeza de uma oração. Com esta certeza, nós contamos para Deus as nossas necessidades, convictos de que Ele pode atender. Rezar é sentir que Jesus nos dirige a pergunta dos dois cegos: ‘tu acreditas que eu posso fazer isso?’

Deus pode. Quando e como, não sabemos. Esta é a certeza da oração. A necessidade de dizer a verdade a Deus. ‘Sou cego, Senhor. Tenho esta necessidade. Tenho esta doença. Tenho este pecado. Tenho este sofrimento…’, mas sempre a verdade, do jeito que ela é. E ele sente a necessidade, mas sente que nós pedimos a sua ajuda com certeza. Vamos pensar nisto: se a nossa oração é de necessidade e de certeza. De necessidade porque dizemos a verdade para nós mesmos, e de certeza porque acreditamos mesmo que Deus pode fazer aquilo que pedimos.

Papa Francisco – 06 de dezembro de 2013

Hoje celebramos:


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